terça-feira, 29 de maio de 2012

Da teoria à prática

O meu percurso profissional tem por base o apoio a quem pretende criar o seu próprio negócio e lhe falta qualquer coisa (ou ideias ou estudos de viabilidade ou dinheiro). (Acho que nunca tinha conseguido descrever a minha actividade de forma tão simples.)

Nas últimas páginas deste capítulo deparo-me com algumas questões novas. A começar pela consciência, por experiência própria, de que a mudança é coisinha para assustar. Tento por tudo motivar potenciais empreendedores, mostrar-lhes que o medo não é amigo do sucesso, guia-los no processo de análise séria do objecto da mudança. Vai que é chegada a hora de eu própria me deparar com uma mudança e o medinho é de facto real e coisinha para mexer com o sistema nervoso. Tivesse eu tempo e ia ver mail a mail, projecto a projecto, rever os meus argumentos e discursos motivadores para ver se aprendia alguma coisinha para uso próprio.

Outra questão com que me deparo é com a acção-efeito de uma carta de despedimento. Crente num mundo rosa, esperava uma reacção pacífica por parte de quem de direito, nada de festas mas pacífica. Ora que o efeito baseia-se, na realidade, num misto de "espero que te arrependas" e " que desilusão, não esperava isto de ti" ou ainda "vou ignorar-te. Pode ser que na área profissional funcione como no amor e venhas a correr atrás de mim pedir-me para voltar".

Por fim, mas não menos fantástico, deparo-me com uma conta de email sem bandeirinhas (aquelas malditas que assinalam assuntos a tratar e que por muito que se eliminem outras nascem multiplicadas por 5 no mesmo momento).

Nos dias que me restam por estas bandas vou colorindo o medinho com imagens bonitas da paisagem que me espera, nos objectivos pessoais que me movem e nos sapatinhos novos que comprei para me dar a forcinha que me falta.

ceteris paribus