terça-feira, 29 de abril de 2014

Diário da nossa paixão

um dia quer ele mas não tenho eu tanta certeza do mesmo.
no outro quero eu mas já não quer ele.
Ele encontra o amor e segue a sua vida.

fim de história.

Já chateia. Conhecer. Adicionar no facebook e depois skype. Bloquear no skype. Desbloquear e bloquear trinta vezes no skype. Eliminar no facebook.  Eliminar no skype. 6 meses a 2 anos a agonizar. 

Uma história igual a tantas outras. Numa próxima vou alterar alguns comportamentos meus para ver se não lixo tudo:

- não me encontro ou mantenho algum tipo de contacto depois do por-do-sol.
- antes de abrir uma garrafa de vinho desligo o tlm, tiro bateria e peço a alguém que a esconda.
- não há sexo ou qualquer tipo de manifestação de calor nos primeiros 10 encontros. Vá, 7.
- repito para mim mesma, na primeira fase da história, todas as noites e manhãs, 3 vezes, em frente ao espelho "podes não achar mas gostas mesmo mesmo dele. Finge ao menos que sim."
- se o sexo não é do melhor logo à primeira, meu caro, também não te vou fazer desenhos. Ficas na ignorância que assim também não vais espalhar magia, já ensinadinho, para a seguinte.


ceteris paribus

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Top 10 das frases que me apetece dirigir ao foragido (palavra fofinha para designar filho-da-p*ta-execrável):



- Arranje uma senhora da sua idade.

- O tamanho do teu ego deveria ser proporcional ao teu tamanho, por amor de Deus, não há razão para mais.

- Que merda, não sei o que vou fazer com aqueles sapatos rasos todos que comprei por tua causa.

- Sempre fui sincera no que te disse. Fora da cama. Ou similares.

- Que chatice, vou perder aqueles olhares de incompreensão das pessoas quando me passeava contigo.

- Lamento mesmo o nosso final tão precoce. Juro que ias deixar de usar aqueles casacos azeiteiros.

- Perguntaste-me se te acho um homem elegante. Não ouço mal, mas precisei que repetisses para ter tempo para mentir com a minha melhor cara.

- Sabes a bela e o monstro? Não, porra, sem a história.

- Ainda bem que comes pouco. Assim ficamo-nos por uma curta-metragem. 

- O dia em que fizemos um mês de namoro foi tão bom...chamava-se Francisco.

MM





terça-feira, 22 de abril de 2014

Apetece-me apagar o último post. Se isso fosse solução, se isso apagasse os últimos e os próximos dias, era o que faria. Mas sei que não. Foi só há cinco dias e hoje o que sinto é simplesmente vergonha de ser verdade o que lá ficou dito. Apaixonei-me. Erro crasso. Imperdoável. Achava mesmo que já tinha aprendido algumas coisas nesta vida. Uma delas era ter alguma prudência nestes assuntos. Outra era saber levar um chuto com alguma classe. Nem tive prudência nem estou a ter classe no chuto que levei. De nada valem as experiências passadas, cada chuto parece sempre o primeiro. 
Não é dizível o quão na merda estou.  Quem está de fora facilmente consegue dizer (e perceber) que ele é um estupor, um merdas, um filho da mãe da pior espécie. É seguir em frente, por uma pedra no assunto, que até tinhas concordado que ele ficava bastante aquém da tua construção de homem medianamente ideal. A perda não é significativa, pensa bem. 
Pois, talvez um dia eu também veja as coisas com essa clareza. Por enquanto, a culpa é só minha. Sou eu que não valho nada e ele percebeu isso. Não, não me vou atirar da ponte nem cortar os pulsos, mas vou atormentar-me com esta constatação até que o tempo me consiga dizer que quem não vale nada é ele, que no fundo eu sou espectacular, para cima de interessante, giríssima e bem resolvida, segura de mim e o diabo a quatro. 
O que torna a história especialmente interessante é o facto de não haver uma única explicação. Não tive direito a qualquer conversa cliché. Não tive direito a uma mentira. Nem a uma verdade dura de ouvir. Nada. O homem esfumou-se.
A começar pela morte imediata num acidente de frente com um camião, passando pela simples perda de memória na sequência daquele mesmo evento ou uma doença súbita e totalmente incapacitante, pensei em todas as razões minimamente razoáveis para a falta de notícias. Mas eu que me acalme, que o homem está vivo, de boa saúde e de bem com a vida, a julgar pelas partilhas descontraídas que faz no Facebook.
Os meus dias vão variando entre a depressão pura, o "ele que se lixe", a certeza de não querer mais nada com ele e a esperança de que alguma coisa muito lógica justifique isto.
Deixo o telemóvel longe de mim porque acho que se estiver comigo não vai tocar. De 5 em 5 minutos vou ao Facebook. De meia em meia hora vou ver o telemóvel, cheia de esperança. Uma chamada não atendida ou uma SMS e entro em taquicardia. Não, não foi ele. Foi a Intimissimi a pôr o dedo na ferida com promoções, foi aquele rapaz que não me interessa, foi a mãe, foi toda a gente menos ele. 
E assim nasce uma louca.

MM

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Então fod*-se, apaixonei-me.

Sim, sou eu, a MM, e o título não é engano.
Andei quase três décadas a idealizar o homem perfeito e ele apareceu. 
Só não tem é nada a ver com aquela construção ideal. 
Tudo ao lado. 
Eufemismo.Tudo a léguas da minha criação.
Comecei a perceber quando houve a primeira chatice.
Foi O drama do ano.
Imaginei-me dali a 3 dias a cambalear, drunfada, numa clínica psiquiátrica.
Na semana passada houve a segunda situação. Esmerei-me, dei tudo de mim para assegurar uma produção digna de globo de ouro.
Esta semana ainda só tive um ligeiríssimo episódio psicótico. Estou a progredir. 
Se bem que neste preciso momento começo a sentir um certo formigueiro no couro cabeludo e eu cá tenho as minhas razões.
Fui à "senhora". Disse-me para o agarrar, se puder, que ele é uma jóia de moço. Mas diz que não sabe se é para a vida, porque entretanto vai aparecer outro tipo e eu vou ter que fazer uma escolha. Ah...que grande que eu sou. 
É 9 anos mais velho do que eu e traz na bagagem um divórcio e um filho. 
Quanto à diferença de idades, estou descansadinha, que o moço fez hoje exames lá por causa do desporto que pratica e o médico disse-lhe que está melhor do que um jovem de 25 anos. 
Relativamente à prole, ontem comprei um ovo Kinder gigante e remeti-o via pai, para começar a preparar terreno. 
A ex-mulher... isso é que é capaz de vir a ser um assunto delicado. 
Eu, que até agora tive uma vida amorosa orgulhosamente meliante, a deparar-me com assuntos deste gabarito. Certo.
É caso para assumir que se isto der merda é bom que guardem alguma distância de segurança durante dois anos e meio. 

MM








quinta-feira, 10 de abril de 2014

Não há curso ou experiência de vida que nos safe

se o mundo soubesse quão estúpidas são as mulheres, estas hoje não estariam em cargos de chefia, não recebiam mais que os homens e não teriam largado o papel de "mulher, mãe e dona de casa a tempo inteiro".
Efectivamente uma mulher é um ser muito muito burro e extremamente limitado.

Ora veja-se um dia normal de uma mulher normal:

- acorda, até bem dispostinha
- olha para o telemóvel e não vê "aquela" sms, notificação de facebook ou instagram, fica f*dida.
- arranja-se e sai de casa com os óculos enfiados na cara e expressão de "toda a gente me deve e ninguem me paga"
- chega ao escritório e bufa um bom dia em tom de obrigação
- dois minutos depois recebe "aquela" sms ou notificação e passa a um estado de euforia sentimental mas ainda assim responde em tom de ressabiada
- com alguns dizeres, sms ou chamadas, consegue fazer sentir o interlocutor como o maior animal deste mundo mas no fim de alguns contactos já a mulher se ri e fala como se há duas horas atrás não tivesse a segurar uma vontade de matar o mundo.

E o ciclo repete-se. Provavelmente várias vezes ao dia.

No fim, exausta de tanto sofrimento e euforia, ainda tem de fazer o jantar e lavar roupa. Depois vê as noticias e as novelas e encaixa na sua cabeça que há quem tenha uma vida pior. Relaxa, respira. Amanhã é outro dia.

ceteris paribus