quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O homem ideal

Atire a primeira pedra a mulher que não tem na cabecinha a construção do homem ideal. Não, não estou a falar de meros arquétipos. Falo de uma verdadeira obra prima da imaginação. Vamos ao ponto de saber exactamente onde ele deve por as meias. 
E se vamos variando de gostos quanto às suas valências físicas, no que respeita à personalidade somos unânimes. Há alguém cujo homem ideal seja burro que nem uma porta? Desinteressante? Sem ponta de charme? Bruto como as casas? Que não nos trate sempre como finas porcelanas? Pois. 
O homem ideal sabe o que dizer em toda e qualquer circunstância. Sabe estar e fazer notar a sua presença. Grande estilo e grande charme. Está sempre bem disposto e é simpático com as nossas amigas. Conhece metade do planeta, tem amigos em todo o lado mas um grupo restrito de 6 amigos (h.o.m.e.n.s.) com quem toleramos que saia de vez em quando. É inteligente sem ser muito mais do que nós (não gostamos de nos sentir melindradas). Pratica desporto, gosta de futebol, tem como hobby pilotar avionetas ao Domingo. Tem uma profissão super interessante, uma situação financeira fofinha, um belo carro desportivo e anda de fato e gravata todos os dias. Trabalha 12 horas mas nunca chega atrasado a um jantar connosco. Sabe quando nos deve contrariar e quando não o pode fazer. Conquistou-nos o coração depois de 3 jantares românticos, várias conversas interessantes e de um lamiré da sua espectacular performance sexual. Tudo com muita calma. Mandou-nos flores para o escritório. Sabe ouvir. Não é submisso às nossas vontades mas quando faz asneira contorna a situação com humor e inteligência. Não deixa a casa desarrumada, faz-nos o jantar quando saímos tarde, sabe exactamente do que não gostamos e não queremos em cada momento. Não é divorciado, não tem filhos de outras relações, não tem traumas nem dramas. Não tem a idade do nosso irmão mais novo nem do nosso pai. É perfeito. E não existe.

MM

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Uma vida em luta

Estou a pensar seriamente em propor a algumas pessoas dormir em casa de cada uma pelo menos uma vez por semana. Não vá sobressaltar-lhes o sono aquela dúvida existencial e não terem lá ninguém que as esclareça, que as acalme, que as console. Quando os telefonemas começam às 9 da manhã (alguns seres são inconsequentes e telefonam-me a essa hora. Ou tentam) fico com a convicção de que foi em mim que pensaram antes de adormecer. Depois atiram-se a um sono tranquilo porque acham mesmo que lhes resolverei todos os problemas logo ao raiar do sol, às 9 da manhã. A coisa só acalma quando lhes chega a  factura a casa. Começam a pensar quatro vezes antes de me telefonar ou, sequer, de pensar em mim. Sou uma gaja cara, pois sou.
Mas há quem tenha tratamento especial. Ou porque têm um acordo com o estaminé ou porque, pá, até vou à bola com eles. Maneira de dizer, entenda-se. Como aqui já foi dito, nesta vida, minha boa gente, tudo se resume a sexo. Sexo efectivo, eventual ou declaradamente impossível mas desejado. Somos pessoas esforçadas para qualquer pessoa que nos pague. Mas somos ainda mais esforçadas, amáveis, dedicadas, simpáticas e disponíveis às 9 da manhã e às 9 da noite com alguém que enquanto falava e nos expunha o seu problema nos pôs o subconsciente aos saltos e a dizer "É. Marchavas". A pessoa fala, esforçamo-nos por ouvir, mas o nosso subconsciente atormenta-nos com pensamentos pecaminosos e impede-nos de perceber logo toda a dinâmica da situação do rapaz de 1,85m, moreno,  olhos verdes, bem vestido, e fala bem...lindo relógio...aliança, onde estás? Oh, porra, tem a mão esquerda escondida. Humm...será casado? Não tem ar disso. Mostra lá, quero ver. Enquanto o meu subconsciente se diverte, estou em luta a tentar perceber a história e o que pretende de mim. Vamos ter que reunir várias vezes. Às 22H00 em minha casa?
Quando conhecemos uma pessoa, a primeira coisa que a analisa é a parte do cérebro dedicada à malandrice. Há toda uma actividade química que nos dá uma de duas informações: Comia-te ou não te comia. Passada esta fase, a parte verdadeiramente útil do cérebro começa a arrancar, num processo penosamente lento se aquela primeira conclusão foi "Comia-te", circunstância em que tudo o que se passará a seguir se processa em dois planos: no consciente, empenhado em portar-se bem, em ser profissional; e no subconsciente, a dar gargalhadas e a envergonhar o consciente com as suas opiniões sinistras.
E dizem-me os meus longos anos a virar frangos que os homens vão mais longe e que a primeira impressão que têm de uma mulher é devidamente acompanhada de imagens ilustrativas. Há uns tempos um senhor disse-me, enquanto se despedia de mim depois de uma reunião que acabou às 15h30: "Desculpe te-la tirado da cama". Levantou os braços, desconcertado, e corrigiu: "Desculpe te-la tirado do escritório com este calor". Ainda mais desconcertado, bramindo de braços levantados aos céus, já que deviam estar uns 10ºC: "Calor não, com este frio. Está tanto frio". Estiquei-lhe a mão, boa tarde passe bem, virei costas e fui rua abaixo a rir-me à gargalhada. Ri-me por causa da sua figura patética. Mas depois concluí que às tantas aquilo se deveu a uma gravíssima falha de comunicação entre o consciente e o subconsciente. Aquele senhor desejava-me e por momentos deve ter-me imaginado algemada na sua cama. Medo. Muito medo.

MM

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Vinha aqui dizer qualquer coisa. Li o post da CP e esqueci-me do que vinha dizer.
Vamos falar de trabalho, essa coisa maravilhosa, que não nos dá dinheiro mas que nos ocupa a cabeça e nos impede de pensar em coisas estranhas.
Sou a pessoa mais disponível para o trabalho que o meu chefe alguma vez teve e terá. Não tenho filhos, não tenho marido nem namorado, não tenho nenhuma ocupação chique tipo kung cenas ou Tai Chi coiso, pilates ou yoga com o mestre Nyása. Vida social, qual vida social, encontros amorosos, o que é isso. Na verdade, nem telemóvel pessoal tenho. Evadiu-se da minha vida há umas semanas e só dou por isso quando, uma vez por semana, sinto a falta do som de bateria fraca.
Em contrapartida, toda a fauna deste escritório é rica em impedimentos para a actividade laboral. O trabalho é uma espécie de entretenimento para os intervalos de outras actividades mais giras e úteis, que têm que ser exercidas, essas sim, de forma exemplar e irrepreensível. Destaco a maternidade, essa missão de vida. Ora bem, os meus filhos entram na escola às 9H00, saem às 16H00, portanto estou inteiramente disponível para trabalhar durante esse intervalo de tempo, salvo quando há viroses, festas, reuniões de pais, com o director do colégio ou com a mãe da Ritinha, situações em que, como sou tão boa mãe, estarei não só indisponível como completamente incontactável e verdadeiramente a cagar-me para os assuntos de trabalho e para cada um de vocês. A pessoa é então contratada para trabalhar o que em duas ou três horas dá para fazer. E se por algum motivo é apanhada a trabalhar depois das 16h00...Oh mulher, tu vai-te embora. Não tens filhos? Não tens vida? Nesses momentos penso no prazer que será sentir o agrafador a mostrar toda a sua valentia nas pontas dos dedos.
Soube agora de uma transferência (parece mas não, não trabalho numa repartição de Finanças) para o escritório do Porto. Para o escritório onde trabalho. Concretamente, para o meu gabinete. A moça vem porque encontrou o amor no Porto e decidiu vir para cá viver a magia. Não vai meter o bedelho no meu trabalho, vai ter o seu, só o seu, e não vai incomodar ninguém. Esta é a missa que se reza pelos corredores. O que efectivamente vai acontecer: a moça vem, está a viver o amor, 7 dias de sexo por semana durante o primeiro mês, entra tarde e sai cedo porque porra, eu tenho vida, marcam casamento, 1 ano a levar com amostras de convites,  gritinhos e  suspiros, casam-se, licença de 45 dias porque juntam-se as férias com a licença de casamento e os dias do ano passado, lembra-se?, gravidez, 9 meses de consultas, indisposições e maleitas várias, licença de maternidade. Creche, doenças, viroses, 09H-18H porque o marido é cooperante, Quem é que vai levar com o trabalho dela durante as suas indisponibilidades? Pois. Ou talvez não, que nas horas de muito aperto sai de mim uma pessoa com alguma dignidade e amor próprio que manda os outros para as grandes mães que os pariram. 
Será que se eu encontrar o amor eles deixam de fazer aquele ar de fastio quando saio antes das 21h00? Uma coisa é certa, quando me candidatar a outra coisa qualquer, vou com as armas todas: aliança de comprometida, ar maternal e de quem se cansa muito se trabalhar mais do que 4 horas, deixar bem claro que o trabalho é só para me ocupar o tempo e ofender-me com a primeira oferta salarial. Nada abaixo de € 5.000,00 compensa a penosidade de trabalhar 4 horas inteirinhas quando se tem tanto amor para dar em casa.

MM


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

E por falar nisso, parabéns Caio!

A que altura da vida começamos a desdramatizar a colossal diferença de idades que possa existir entre um casal?

Se bem me recordo, até a determinada altura da minha vida não via como um casal promissor se ela tivesse nem que fosse apenas mais um mês de vida que o namorado. Hoje posso dizer sem medo que os meninos com menos alguns e os homens com mais alguns já me levaram no bico e a idade só se tornou um problema quando me perguntavam se achava que os meus pais os iriam aceitar. Sei reconhecer que o problema nesse ponto da questão não estaria tanto na idade deles mas no que seriam efectivamente as minhas intenções.... enfim, adiante.

Então quando deixa de chocar uma ligeira diferença de idades, tipo 5 - 15 anos entre um e outro?

Das duas, três:
. Ou sem qualquer hipótese de escolha te interessas por um homem, muito mais velho ou muito mais novo. E pronto. Não. Não é uma opção de escolha e uma decisão tomada em consciência (tipo "não quero ngm na minha vida. Estou fechada para balanço" e outras tretas de mulher ressabiada, a precisar de quem lhe dê colo e mimos no ego). Acontece.
. Ou quando percebes que os jovens estão cada vez mais adultos (fisicamente falando) e os adultos cada vez mais jovens (psicologicamente falando). E isto baralha qualquer preconceito antigo.

Portanto há igual probabilidade de nos lixarmos, seja com um menino de vinte e poucos ( devidamente bem encaminhado na vida, com uma profissão e já a fazer mudanças para casa própria) ou com um senhor já com os seus 40.  Óbvio que um tipo de 20 e poucos não tem um porsche e um senhor de 40 não tem disponibilidade física, profissional e familiar para grandes loucuras noite dentro. Também é verdade que um senhor de 40 provavelmente trará consigo ónus (mulher,ou ex mulher, e filhos, no plural, cães, hábitos mais do que enraizados, cores favoritas e uma já experiência vivida de como organizar um casamento, o seu) já o menino de 20 e poucos terá uma sede por vagabundice, diversidade e noite que o de 40 nos poupará. Enfim.

Notinha de rodapé: Deixo a prova da segunda opção que referi (que da primeira não é preciso provar nada. É mesmo assim. Não se escolhe e pronto):

 
25 anos?!?! ainda achei que ele estivesse a cantar os parabéns a um qualquer priminho mais novo.

ceteris paribus

(MM tu inspiras-me)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sou pela igualdade de género.
Mas tem que ser ele a dar o primeiro passo. E qual é o primeiro passo?
Há 25 anos diria que era forçar o encontro casual com a moça no final da missa de Domingo e convidá-la para tomar um café depois de almoço. Depois de três semanas de café ao Domingo à tarde, marcavam o casamento.
Há 15 anos, era pedir o número de telefone (sem necessidade de justificação, o pessoal queria era o seu Nokia 3310 com uma lista telefónica bem compostinha. Para dar toques). Dois anos de namoro.
Hoje em dia...ora, hoje em dia, tudo começa com um pedido de amizade no Facebook. No dia seguinte, sexo. Depois ou antes de um café (o tal café-convívio).
Devemos dar a causa por perdida quando não há pedido de amizade no Facebook. 

MM


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Antes que esqueça. Nine-to-Five

Estava a alarvar no post anterior e de todas as formas tentei introduzir este outro tema, de igual relevância, mas como não encontrei um fio condutor decente..siga com outro post que, para já, não se paga ao Kilo (ou ao kilobite ou outra coisa geek mais apropriada ) a parvoíce que aqui se escreve.
 
Ora indo ao que interessa e que de facto, para mim, foi um conceito novo: "Nine-to-five". Vamos ao google e percebemos que esta é mais velha que a Sé de Braga e eu ouço pela primeira vez isto a esta altura da minha vida, mais precisamente ontem. Ok. Mas o conceito que me foi transmitido foi muito além do que consta no google e aí reside a minha alma maravilhada, e agora sim, a sentir-se completa de conceitos adequados e tão tão apropriados.
 
Um trabalhinho Nine-to-Five é, como as próprias palavras poderão indicar, uma coisinha chata, que não desperta grande pica...Nine-to-five, pronto (oh para mim a achar-se). Mas e uma pessoa Nine-to-five? Então estaremos a falar de alguém que cumpre apenas os mínimos.
 
Ora, esmifrando o conceito de pessoinha "Nine-to-five":
. é alguém que tem vida própria;
. ganha o mesmo que uma não Nine-to-five;
. são-lhe conferidas benesses e compreensões, à partida, à sua limitação, tão legítima, de quantidade de tempo afecto ao trabalho;
 . é tratada como uma peça exigente de cuidados sensíveis e todos temem que ao mínimo descuido dos demais ela passe a nine-to-four, por isso vale mais não enfrentar;
. quando algo precisa ser feito com urgência, e cujo tempo de elaboração se prevê longo e muito além do que pode ser determinado pelo horário estabelecido por um tal de Contrato de trabalho, a Nine-to-five é a última a ser convocada (nunca o é, na verdade, com a justificação "ela sai sempre às x horas" por isso não vai poder fazer.)
 
Ora e portanto podem ver-se muitos argumentos a favor de se ser uma Nine-to-five.
 
Talvez se possam encontrar argumentos contra (como o que ontem ouvi alguém dizer sobre uma Nine-to-five:  "hum.. pois foi dispensada... pois, ela não tem perfil para este trabalho. Nem lá vai nem deixa ir. Next") mas compreendo perfeitamente quem opte por cumprir os mínimos.
 
(em particular, à minha pessoa, incomoda que ganhe o mesmo que os demais, além daquele  pressuposto, por todos assumido, que o que a Nine to Five não PODE fazer, então fazem os colegas, porque ela tem vida e não pode ficar a trabalhar, e os restantes podem, portanto..)
 
ceteris paribus

Trouxeste as botas?

Depois de jantar a conversa tem por norma dois pólos: Trabalho e Amor (utilizo o termo "amor" para não dar logo um ar de filha-da-mãe-insensível na primeira frase do post).
 
Concluímos sempre, independentemte de ponto de partida do raciocínio, que uma e outra coisa estão intimamente ligadas (na verdade o que dizemos é "tudo depende do "comia-te ou não te comia"". Isto para ser muito clara).
 
Ora e porquê: O que nos leva a determinar a nossa atitude para com um ser que acaba de se apresentar aos nossos olhos e a determinar se vamos abrir mais os ombros ou os encolher e tentar sair de fininho, a levantar mais a voz ou a evitar dizer mais que duas palavrinhas, a ser simpática ou apenas cordeal? 
 
- A primeira impressão com que ficamos do interlocutor. Primeira impressão essa que vai ditar se aquele é alguém que nos intimida ou nem por isso, se é uma pessoa com quem terei gosto de voltar a conversar ou se o toque associado ao seu nr será "Run MM, Run".
 
E essa primeira impressão baseia-se em quê? nos bonitos valores que ele esconde no seu interior?! Não. É mesmo, apenas e só, baseado no que a vistinha (e quando falamos numa faixa etária elegível, a imaginação) alcançam. E pois com certeza que se a vistinha gostar de ver o que vê, todo o restante corpo e mente ficarão mais disponíveis para dar uma oportunidade ao ser de mostrar todo o seu valor. 
 
E note-se que o rabo, a cor dos olhos e a aliança no dedo são impressões a reter apenas num segundo momento pois toda a postura, confiança do ser, sim, serão preponderantes (ok a marca do relógio, ou camisa, e um sorriso de filho-da-mãe-que-sabe-tanto também vão entrar nos detalhes a contar à amiga). Ok. Sem divagar! Foco.
 
Um tipo que desde logo mostra quem manda, mandará mesmo. A verdade é essa. Um tipo que mostra desde logo que em casa é ele quem limpa os vidros, pah, está arruinado. Um tipo que mostra arrogância, está arruinado (certa de que tb eu estarei arruinada naquela relação). Um tipo que mostra todo o seu charme barato, está arruinado, será pisado dali em diante. Um tipo que sabe estar, um tipo que encanta q.b, um tipo que tem um sentido de humor bem doseado, um tipo que puxa pela minha imaginação (e tenha idade elegível), arruína-me. 
 
Tudo isto se passa, em toda a sua essência e plenitude, no escritório, em horário laboral, por muito séria e totalmente desprovida de interesses macabros que a relação (profissional) seja dali em diante. E serve somente para definir os termos da relação.
 
Bem, a esta teoria eu coloco como excepções os chefes. Esses são totalmente desprovidos de características que nos possam a ver e imaginar coisas. São chefes, ponto. E nem sequer se fala mais disso.
 
ceteris paribus

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Notinha de rodapé:

A CP tem uma amiga que tem uma amiga com histórias muito engraçadas. Hilariantes, diria. Do que vou sabendo, acho que é uma choné de primeira. Tem uma vida tão desinteressante que imagina coisas. Alguém lhe diga que não tem 13 anos, por favor.

MM

O efeito do Café Convívio

a minha vida não tem neste momento histórias engraçadas ou fofinhas para contar por isso este relato tem por base factos reais (e actuais) da vida dos que me rodeiam (ainda que na minha memória recupere um ou outro apontamento que me diga respeito).

O efeito do Café Convívio:

Ora este poderoso acontecimento vai afectar a vida de duas pessoas de forma radical, isso é certo.

Pode haver apenas sexo e isso é o que é e não há absolutamente nada para dizer. Mas quando se junta ao sexo o café convívio?

A questão coloca-se no tipo de efeito que provoca o café convívio, que não por acaso está directamente relacionado com a precedência ou não do Sexo (entenda-se aqui que estamos a falar de um primeiro envolvimento sexual entre duas determinadas pessoas).

Assim, sem mais, é sobre isto que pretendo alarvar.

Café convívio depois do sexo (e por norma a anteceder novamente o sexo)
-Dá merda. São duas horas de conversa fiada e sem interesse para, pelo menos, uma das partes. Sem nada em comum para partilhar, sem interesse em partilhar coisa alguma e apenas o foco no "aguento isto mais 10min. e se ele não der um fim ao café e começar a dedicar-se ao que interessa vou ter de fingir que vejo uma sms no meu tlm e horrorizada saio a correr dizendo que a minha melhor amiga está a cortar os pulsinhos"
-Provavelmente aquele tipo não passará de um contacto relevante no tlm para momentos de "aperto" e necessidade.
-Sexo: do melhor, sem constrangimentos nem o receio "o que ele vai achar de mim".

Café Convívio antes do sexo
-Aumenta as probabilidades daquilo não ser só uma relação de cama mas com algo mais de substância.
-Sexo: Ou não há sexo porque as duas horas de café convívio foram tenebrosas e deixamos de ver aquele ser com um interesse físico, e apenas (ou nem isso) intelectual ou, a haver, será.... tímido (pelo menos nas primeiras 5-10 vezes que se seguirão).
  . Ele vai achar que tem de colocar pétalas de rosa e velas por todo o quarto (sim, vai acontecer no quarto, na cama e em posição de missionário, apenas uma vez);
  . E vai demorar uma eternidade para nos despir a camisa ou fa-lo-á rápido demais e sem saber muito bem como o fazer e o que fazer a seguir (se houver tempo para o "a seguir");
  . Por fim ela vai fingir uma felicidade e satisfação muito contidas, mas fofinhas (seja para esconder o quão mau foi ou para esconder o quão bom podia-ter-sido-mas-não-foi).

Solução ideal?
Não há. Umas vezes vai ser de um jeito e de outras vai ser de outro e a gaja vai ter de ficar consciente que a sua vida sexual ficará para segunda plano se pretender ter um relacionamento com mais substância. Admito ligeiras alterações à minha teoria, para casos muito específicos. Mas desses não reza a história e já casaram e têm 3 filhos e passam férias no Algarve.


Notinha de rodapé: MM, que tens a dizer sobre este tema? Achas que dois cafés convívio começam a soar a "e foram felizes para sempre" ?

ceteris paribus

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Segundo dia de 2014

Não podemos passar já para 2015? É que este ano não me está a parecer nada bem. 
Ontem recebi uma péssima notícia. Demolidora. Já dei por mim a pensar se foi mesmo verdade ou se sonhei com a notícia. Há coisas que não podem ser verdade. Mas não quero falar disso, já basta estar a pensar nisso ininterruptamente há quase 24 horas.
Muito por causa dessa notícia, hoje estou na lama. Um estado de espírito a condizer perfeitamente com o tempo. Chuva, chuva e mais chuva, frio, muito frio, e o sol escondido lá atrás de um camadão de nuvens cinzentas. Tristezas a que se junta a minha total falta de motivação para trabalhar. Hoje cheguei ao trabalho e apeteceu-me chorar. Chorar mesmo. Começa a ser injusto, muita gente gostaria de ter o meu trabalho. Mas porra, estou mesmo fartinha disto. O ano é novo mas os problemas são velhos e a minha vontade para os resolver ontem era pouca, hoje é nenhuma. 
Estive a ver as previsões do meu signo para 2014. Não gostei. Já vivo sobressaltada com uma série de questões, então com o que li...não sei como vai ser. 
Hoje tudo me parece uma valente merda. Mas este blogue não existe para eu desafogar as mágoas, por isso vou-me calar, comprar um diário, e voltar aqui quando tiver alguma coisa estupidamente engraçada para dizer.

MM