sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Midnight in Porto

A passagem para um novo ano é um acontecimento que exige premeditação. Jantar: onde, com quem, o quê; Indumentária: um trapito novo para prenunciar boas novidades no novo ano; Saída: Um sítio com boa música, bom ambiente, chique q.b. e gente bonita.
Já temos tudo decidido. Menos o que vestir. Comprei dois vestidos,  pareço um petit cachalote dentro de qualquer um deles, por isso ainda não consegui decidir qual usar.
Esta coisa do Inverno e do frio dá-me fome. Chego ao fim do ano e percebo que estive em processo de engorda nos últimos meses. Penso sempre que "para o ano não vai ser assim" e que no último dia do próximo vou estar impec. Demagogia não me falta.

Este 2011 foi bom. Consegui não ter muitas preocupações, tive um aumento (pequenino mas bem vindo) e as pessoas à minha volta andaram bem de saúde e de espírito.
Para o novo ano peço que tudo continue igual, salvo se puder melhorar.
E vamos lá contrariar este pessimismo que se instalou nas nossas mentes, que isto não vai lá com lamentações. Nem com greves. Vamos mas é trabalhar, mostrar ao D. Afonso Henriques que valeu a pena lutar por este bocadinho de terra.
 
Pronto, e fazendo jus às minhas palavras, vou trabalhar.

Mutatis Mutandis

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um até já

Vemos diariamente na televisão que as estradas tiram vidas, muitas vezes inocentes outras com alguma culpa no cartório, e sentimos isso com o expressar de "possa que horror". Quando essas vidas estão ligadas de alguma forma às nossas então sentem-se muitas mais coisas mas não se consegue dizer nenhuma. Porque nada do que se diga expressa o que se sente, porque não há nada que se diga que mude o que se passa e o peso que se sente no peito não deixar passar a voz. Não cabe no compreensivel ter o Amanha como incerto, não faz sentido uma ida sem aviso e sem regresso.

Um bonito e esperançoso anúncio de tv diz que, em Portugal, por casa dia de chuva há três dias de sol para ser feliz.. hoje, não estou tão certa disso.
E o que sinto devem ser migalhas perto do que os pais e irmã devem estar a passar neste momento.

Aposto tudo o que tenho como saiste de casa feliz da vida e disseste "volto cedo". Porque afinal também não foi tua intenção sair de casa e não voltar, um até já. Certamente nos encontraremos algures, algum dia- provavelmente tambem inesperado, para por a conversa em dia.

ceteris paribus

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ressabianço

Não é assim nenhuma novidade, ressabio com frequência de pequenas questões da vida, contidamente ou em conluio com pessoas das minhas relações.
Novidade foi a necessidade que me deu de ressabiar publicamente. Não é bonito, não é, mas teve que ser.
Então agora, agora que eu sou uma pessoa crescida, tenho que me deparar com o nascimento de uma linda amizade entre pessoas minhas amigas e pessoas minhas completas e declaradas inimigas? Não pode ser. Assumo alguma impotência para tratar de questões desta sensibilidade. O mais acertado seria confrontar as pessoas em causa e perguntar o que raio se está a passar. Outra solução seria esperar que o circo pegasse fogo de vez e, nessa altura, empacotar amigas e inimigas e colocá-las no caixote do lixo orgânico (sem hipótese de reciclagem, apenas com a possibilidade de fertilizar a minha experiência).
Faltou-me a coragem para optar por uma daquelas decisões. E porque a situação é meramente iminente (mas já por isso suficientemente grave), bastei-me com um comentário geral lançado no Facebook. Sou adepta da prevenção mais do que da repreensão e aquele "desabafo" serviu para dar "o toque" às pessoas visadas. A mensagem "estou a topar a cena e estou a adorar o indrominanço" chegou aos destinatários. Houve já quem viesse dar sinal da sua lealdade. Aprovei o gesto, foi de quem se sentiu chamado ao assunto sem de facto o ter sido.
Não tenho a pretenção de controlar as pessoas. Se querem construir amizades insólitas (despropositadas, descabidas, funestas, aterradoras, tenebrosas e mais e mais e mais), tudo bem. Mas que fique claro que eu não vou ficar a assistir; saber sair de cena é tão importante como saber entrar. Se nem sempre é verdade que "amigo do meu amigo meu amigo é", inegável, para mim, é que inimigo do meu amigo, meu inimigo é. 
Há opções que temos que fazer na vida. No que diz respeito a esta matéria, eu iria/irei fazer as minhas conforme o rumo da coisa. Certo, certinho é que não quero perto de mim pessoas que se constroem e moldam conforme o que convém a cada momento, pessoas que lêm Maquiavel ao pequeno almoço ou, simplesmente, pessoas que, sem qualquer intenção de me desprezar, não tiveram o cuidado e a inteligência de o evitar.

Mutatis Mutandis

Aparecer sem convite só se for na missa semanal

Por muito que os autocolagens-sem-convite me rodeiem, nunca:
- saberei lidar com isso
- perceberei a lógica do conceito
- terei tomates para dizer "não"


O "vou e apareço com 10 amigos" só faz sentido (na minha visão social da coisa) se tal facto não incomodar todo os restantes e, em boa verdade, se for de certa forma útil. Isto aplica-se a poucas situações e festas particulares, jantares de amigos e outros do mesmo teor não estão certamente incluidos...Não vou sequer comentar o "olha cheguei, e troxe 10 amigos" porque ai bate no ridiculo, a menos que, lá está, se trate da missa semanal lá da freguesia.. e assim de repente não vejo muitas mais opções onde possa lidar com tanta falta de savoir fair.


Mas mais: por norma o "vou e levo 10 amigos" antecede o "importaste-te?". Ao que eu digo o quê? sim importo-me? e depois perguntam-me o porque e eu digo "porque não me apatece fazer jantar para 20 pessoas, 15 das quais não conheço e só aqui estão porque não têm outras opções, ou não me apetece ter loiça para lavar o resto da vida, ou porque simplesmente não quero ser a opção para quem não tem outras...e acima de tudo, porque não me apetece ter de levar com quem não convidei, sendo certo que se quisesse convidar, convidava..se não convidei, não terá sido esquecimento...n? hum..deve ser só mania minha. E mais uma coisa. Se digo não, a afinal a falta de savoir fair fica do meu lado.. os coitados não tinham más intenções...


Agora uma conclusão que não li em qualquer livro de psicologia humana mas parece-me fazer todo o sentido face às estatisticas que recolhi e vivi: essas autocolagens são por norma os que não se importam, e até promovem, as autocolagens de outros nas suas festividades. São por norma os que gostam de ter 1000 amigos diferentes por metro quadrado em cada um dos seus festejos. Os que por norma não dão a classificação de "amigo" a outrem por mais que 2 meses consecutivos e vão conforme o vento (e as festas).


As pessoas que têm 5 amigos fixos por cada 20 anos da sua vida (e o resto são conhecidos e colegas que aparecem e desaparecem no espaço de um mês e, só com o tempo podem até ser pomovidos ao top5) não lidam bem com autocolagem..ok?



ceteris paribus

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

De Amesterdão:

- Dank U: A única coisa que consegui reter da língua holandesa; tudo o mais não é verbalizável;
- Canais: Os milhentos canais da cidade dão-nos a sensação de que estamos sempre no mesmo sítio;
- Paisagem urbana: Percebi que o planeamento urbanístico ainda não chegou a Portugal;
- Arquitectura: Acho especial graça à que o abatimento de terras provocou; em determinadas zonas as casas estão tortas e dão a impressão de que vão cair um segundinho depois de olharmos para elas;
- Ciclovias: Existem e são efectivamente utilizadas, por bicicletas, ciclomotores e turistas tugas (que pensam que, como em Portugal, servem para fazer caminhadas e passear o cão);
- Bicicletas: É milagre não ter sido atropelada por uma dos milhões que circulam naquela cidade;
- Red light: Não me espantou assim tanto como esperava; há senhoras para todos os gostos, devidamente acondicionadas em cabines quentinhas e com produtos de higiene à vista do consumidor;
- Coffee shops: Fumar tabaco lá dentro não, que isso leva químicos e merdas; Cannabis é que é bom;
- Cookies marados: Experimentámos e não percebemos se a parvoíce que nos deu foi dos bolos ou do Martini;
- Holandeses (homens): Acho que deviamos importar meia dúzia; Fiquei com vontade de ter um em casa;
- Preços: Só se tornam compreensíveis quando sabemos que o ordenado mínimo nacional ronda os € 1400,00;
- Transportes públicos: Eléctricos, autocarros, metro e uns tais "black" taxis (que é mais ou menos uma boleia paga);
- Lojas: Uma H&M a cada 10 metros; Encontrámos uma espécie de Rua de Santa Catarina com preços razoáveis;
- Alimentação: Os preços dos restaurantes "locais" fazem-me devota do franchising; O McDonald's nunca desilude;
- Café: Os holandeses não falam essa língua, é preciso dizer Ristretto para se atingir alguma razoabilidade;
- Noite: Não explorámos muito, mas deu para perceber a movimentação.

Saldo positivo. Hei-de voltar.

Mutatis Mutandis

terça-feira, 29 de novembro de 2011

F***-** (é vírgula nos meus pensamentos)

Pessoas burras e/ou estúpidas. Não tenho paciência. Não tenho capacidade para manter uma conversa com uma pessoa muito burra e/ou muito estúpida. Pode ser apenas um problema meu, porque não atinjo, não alcanço, não consigo acompanhar o raciocínio.
Irrita-me muito estar a falar com um busto humano. Hoje falei com vários.
Estou para aqui a contorcer-me de raiva, tenho, sem exagero, 7 úlceras no estômago. É nestas alturas que tenho consciência de que devia praticar um desporto. Um qualquer, nem que fosse coleccionar selos (uma prática que já me foi vivamente recomendada para libertar stress - oi?).
A odisseia começou cedinho. Estou de férias e levantei-me às 8h00. Para quê? Para ir dar sangue. Ninguém me obriga, vou lá porque quero, porque acho que devo, porque tenho cabedal para isso e apesar de todos os inconvenientes da coisa, inclusive o de já ter visto a minha vidinha por um fio em cima de uma maldita maca. E também porque descobri que agora o serviço só funciona durante a semana e aproveitei a minha disponibilidade, rara a uma segunda-feira.
Cheguei, o espaço físico estava lá aberto ao povo, mas não encontrei ninguém. Nin-guém. Ora, como aquilo não é self service, tive que me conformar com a falta de gente com vontade para me espetar um cano (não, aquilo não é uma agulha inocente) pela veia acima e fiz o caminho inverso em direcção à porta de saída do hospital (serventia daquela casa). 
Encontrei a médica do serviço. Ora então, deixa-me aqui perguntar à Senhora o que se passa. "A funcionária administrativa faltou", disse-me ela. E eu fiquei passivamente à espera que ela concluísse com um motivo. Não, era mesmo aquele. Seguiu-se uma conversa pouco simpática, muito por virtude da arrogância da Senhora, a quem fiz perceber duas ou três ideias básicas.
E é o que temos. Falta uma funcionária (cujo trabalho é perguntar-nos o nome, registar no computador a nossa "visita", dar-nos uma ficha para preencher e colocar essa mesma ficha no gabinete do médico) e tudo pára. Certo. Estavam médicos, enfermeiros e auxiliares. Mas faltou a Sra. da recepção. Há pessoas insubstituíveis ou não há? Quero muito pedir um autógrafo a esta, que deve ser a última no planeta.
Por acaso no meu trabalho, que não tem a felicidade de se adjectivar de "público", também é assim, uma pessoa falta e as que ficam nem têm que assegurar os serviços daquela, não vá o verniz estalar-se se tivermos que descer do pedestal. Fechamos o tasco porque ao fim do mês o chefe paga na mesma. (Azarito estes cortes na função pública, não é? Divina providência, é o que é).

E amanhã tenho que fazer caber todas as minhas necessidades numa mala de cabine. E sei que me vou chatear, já sinto lobo frontal a latejar.
E porra, hoje tudo me chateia.

Mutatis Mutandis

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desculpem-me lá o mau jeito mas.. xau aí, fui

Chega-se o momento tão esperado desde o mês de Agosto passado. Os feriados de Dezembro e as mini férias que são tiradas, não por acaso, nesta altura, minimizando-se os dias de falta ao trabalho à conta destes mesmos feriados.

Um pequeno aparte, mas que acaba por ir de encontro com o que me vai na alma, hoje é dia de greve.. e eu adorava ficar em casa ou ir para uma praça pública conversar e dar uns gritos de guerra contra o tão chamado "sistema" mas tenho mesmo muito que fazer no escritório.. e tenho cá a sensação que este dia apenas se iria reflectir na descida do meu salário e acabava por não resolver coisa nenhuma. Por outro lado sou mais adepta de outras posturas como, por exemplo, a das pessoas da Sicasal. A fábrica arde e os colaboradores passam do desmanche da carne para a lavagem e recuperação de maquinarias e espaço físico. Isssstooo é acção que se tenha para ultrapassar a crise!! Não é a parar o trabalho para ir gritar para a porta do primeiro ministro. Em termos práticos a primeira opção de facto resulta em algo. Os colaboradores da Sicasal não perdem o seu trabalho, são remunerados, elevam o reconhecimento da marca no mercado por tão bonito gesto e ficarão todos a ganhar com a possibilidade de não ver a casa fechada e com jeito até um aumento de produção e aumento salarial ou de postos de trabalho que levará a menos desemprego local, bla bla bla todo o ciclo económico que se estuda em qualquer cursozeco de economia e gestão e que se traduz e resume em felicidade para todos.


E voltando às férias. Chega-se então este momento tão querido do 2º semestre do ano. Chega-se, mais concretamente, aos dias que antecedem toda essa magia, e que de facto me levam a dissertar 5 minutinhos.

Nestes dias o que me assola o coração vai desde
-o caos que vai ser quando eu regressar de férias;
- a urgência em fazer o mais possível antes de ir embora para que a "máquina" não se note parada uma semana;
- o jogo de cintura na agenda de reuniões só para daqui a 15 dias de forma a que n se note que aqui operária vai de férias (maldita);
- a pressão dos que rodeiam "vais de férias???? (ar de choque seguido de um olhar travesso) humm"
- uma mini pontada de culpa porque estamos todos tão mal e em profunda crise e vai moi meme para Amesterdam sem olhar para trás.

Pronto, existe todo um outro conjunto de questões relevantes mas que são de teor mais fútil tipo roupa, vou andar muito até encontrar o hotel, terei ar condicionado decente, a comida será boa, as prostitutas vão me meter muita confusão, vou levar com vento e chuva na fronha, levo o cabelo liso ou encaracolado, levo apenas dois pares de botas, levo só vestidos ou também calças, caraças não sei dizer nada nada mesmo na língua deles...enfim... todo um mundo de questões que me vão passeando pela mente.


A dias de colocar a tão bela mensagem no email "estarei ausente até ao próximo dia.. Qualquer questão urgente contactar ..." penso como pode uma mísera semaninha de férias causar tanto pânico por estas bandas... Ou seja, mulher que é mulher que não pense em engravidar ou casar... porque aí a coisa prolonga-se por mais uns tempos e como é?? enquanto dou de amamentar o puto mando um email? ah como é bom de ver, e contra aquilo que eu sei que deveria fazer, não vou levar portatil ou mesmo telemovel da empresa.


Mas estas questões passam-me rápido porque logo percebo que já perdi 10 minutos a pensar na morte da bezerra e tenho muito para fazer antes de ir de férias.


certeris paribus

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Custa-me muito dizer "Não".

A oportunidade não surge assim ao virar da esquina; poder dizer não ou sim a um pedido formulado no âmbito profissional não é coisa que aconteça com frequência a quem, na relação laboral verticalmente considerada, está cá em baixo no 1.º degrau.
É que, por mais mania(s) que tenhamos, temos que concordar que tudo aquilo que parece um pedido do big boss, não traz consigo uma resposta opcional. Muitas vezes nem há espaço para resposta, é uma ordem sob a simulada forma de pedido (mas é assim que tem que ser) a que se segue uma acção. Podes fazer isto? E a pessoinha faz um movimento universalmente reconhecido como “já estou a tratar”.
As circunstâncias alteram-se quando os pedidos entram na nossa esfera de disponibilidade, isto é, quando, de pleno direito, podemos dizer sim, não, mais ou menos, nim. Ora, isso acontece essencialmente em duas situações: quando o andamento de um assunto depende da minha opinião – e aí santa paciência, prezo e respeito muito a minha autonomia técnica, e ainda mais a liberdade de opinião, que até já cá andava quando eu apareci neste mundo – e quando me pedem alguma coisa emprestada.
Pois. É nesta última situação que o problema verdadeiramente se coloca. Porque se uma coisa (coisa mesmo, materialmente existente) é minha, só eu posso dispor sobre ela. E posso dizer que NÃO a empresto. Mas não consigo.
Eu não me importo de emprestar as minhas coisas, mas às vezes aflige-me a quem empresto e outras o que empresto. Quando se juntam as duas, então é que temos drama. Porque há coisas pessoais, para uso exclusivo do seu proprietário, mas que os outros acham naturalmente transmissíveis, por isso pedem emprestado, como quem pede uma caneta bic quase sem carga. É aqui que entra o dilema com a minha incapacidade para dizer “não”. Um não peremptório, sem qualquer margem de negociação. Não consigo, pronto. Acho sempre que se fosse ao contrário levaria a mal; e que afinal aquilo é só um objecto, e por isso não vou emprestar porquê? E depois a imagem do gato-das-botas aparece-me na cabeça e inibe-me de vez. E acabo por emprestar mas com isso diminuir em muitas horas a minha esperança de vida.
Não estou para aqui a lengalengar sem propósito. É que já começou a consumir-me a iminência de me pedirem emprestado um objecto que eu considero daqueles que só se emprestam a título honoris causa. Não é o caso.
Vou dizer NÃO. Eu sou capaz. Nem pode ser um não fofinho, tem que ser forte e eficiente à primeira para não me perder em explicações. Vá, acho que consigo.


Mutatis Mutandis

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não confio (nada mesmo):

Em pessoas que me convidam para tomar café e pedem chá. Tem-me acontecido nos últimos tempos. Com pessoas do sexo masculino, essencialmente.
Chateia-me não tanto o facto de não tomarem café como as justificações que dão para a situação: "Ah, depois não durmo..."; "Nunca tomo café à noite..."; "Ai, a cafeína..." (e uma expressão facial de agonia a acompanhar); "Isso faz mal...também não devias tomar"; "Não tomo café, não fumo nem bebo álcool".
À primeira, não se dá importância. À segunda, já há um certo receio mas relativiza-se a situação. À terceira, pensa-se "o que raio estou aqui a fazer?" e tem-se a perfeita consciência de que aquilo (o que quer que seja "aquilo") não vai dar certo.
Não tomar café não é um problema em si mesmo. Em vez de café, pode beber-se um whisky, um Vinho do Porto, um Licor Beirão, enfim, existe toda uma panóplia de opções. Mas não, bebem chá. CHÁ???
O chá tem um âmbito de aplicação muito próprio (quando estamos doentes, quando nos enrolamos no sofá a ver um filme e está um frio de morrer, quando lanchamos com a nossa avó, quando o almoço nos caiu mal, quando temos prisão de ventre...), não serve para um, vá lá, primeiro encontro (ou segundo ou terceiro). Até que a situação esteja devidamente definida, isto é, ou somos "apenas amigos" ou "um pouco mais que isso", não se pode ter o à vontadinha de beber um chazinho e com isso colar na testa o selo "TOTÓ".
Porque não é de homem, porque não é de quem está a tentar impressionar (que é o que se faz nos primeiros encontros), porque não é de quem possa sequer ponderar convidar-me para um segundo café. Ops, chá.
"Diz-me o que bebes e dir-te-ei quem és". Um homem que bebe chá num primeiro encontro é um homem sem vícios, extremamente cuidadoso com a saúde, soberbamente preocupado com os melefícios de cada alimento que ingere; é uma pessoa carente e que reclama atenção, mimos e cenas afins a cada instante (a minha estatística confere); é um homem, com grave probabilidade, hipocondríaco e com tendência para  comportamentos obsessivo-complusivos. Pode não ser nada assim, mas é o que penso.
Sinto-me enganada, vítima de um verdadeiro embuste, quando me convidam para tomar café e pedem chá.
É que prefiro saber  logo ao que vou e me convidem para "tomar um chazinho" (já me aconteceu, e lá está, o rapaz é vegetariano). Fico previamente esclarecida e com elementos suficientes para traçar um perfil.
Ora portanto, a menos que a pessoinha seja expert na indústria do chá (e isso já confere personalidade e carácter à situação), não acho piadinha nenhuma ao "para mim é um chá de cenoura, p.f.".
Não quer café? Bebe um whisky. Não bebe álcool? Então "o-que-raio-estou-aqui-a-fazer-com-este-puritano?".

Mutatis Mutandis

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Matar não, mas uma raspadela no ego era coisa para ser solução

Tão pequena (em importância) que eu sou e já tenho a mania que as hierarquias existem e que eu tenho alguns níveis abaixo do meu. Na verdade esta característica (mais conhecida por PDM) sempre me assistiu e verifico que, em boa verdade, por muito em baixo que se esteja existe sempre sempre quem ainda esteja mais abaixo (não significa que esteja melhor ou pior. Está mais em baixo, ponto final). Salvaguardo nesta minha visão das coisas que toda a vida tive muito e muitos níveis acima do meu e sei que assim será para todo o bonito sempre. Já no tempo de garotice me metia em aventuras onde me era incutida a lei da vida: hierarquias que existem para ser respeitadas e com o objectivo claro de fazer o Mundo rodar. (PS: Obrigada pai e mãe por me terem facultado bases sólidas de educação e saber-estar. E eu que achei que não faziam nada mais do que era suposto..afinal isto não é transversal a todas as famílias).


Ora que neste raciocínio me surge a indignação (termo carinhoso para exprimir a terrível raiva que me assombra o espírito e o coração) sempre que me deparo com almas que rejeitam esta forma natural de convivência humana, pessoal ou profissionalmente falando.


Vai daí que as bufadelas e respostas tortas seguidas a um pedido formulado por uma hierarquia acima tira-me do meu sério. Tira-me ainda mais do meu sério a fórmula Bufadela- Resposta torta- Ausência de qualidade reiterada em qualquer-merda-de-nada-que-se-faça.


Ora traduzindo: uma tipa(o) que não tem noção do seu posto no Mundo, que nunca faz nada em condições e ainda bufa a qualquer pedido que lhe seja dirigido, não dispensando um comentário torto em simultâneo, leva-me a pensar que a agressão física deveria ser legal e socialmente aceite.. porque é natural que se me escape uma mão se a coisa se virar para o meu lado. Mas não é nada comigo...para já....


Enquanto partir para a agressão física não for a solução óptima, veja apenas e só outra forma: em poucos minutos ensinar o que os paizinhos não fizeram ao longo destes anos de vida. E isso é coisa para arranhar o ego da(o) formanda(o).


Estou então a tentar formular pequenas frases para esse meu trabalho. Tinha pensado:
- A bufares dessa maneira ainda te saltam os pulmões pela boca.. não será melhor dares por terminado o teu estágio e ires recuperar o fôlego para casa? (inconveniente: eu não estou acima o suficiente para tomar essa decisão)

- Não quero de todo incomodar-te, e desde já te peço desculpa, mas ia jurar que estavas aqui para trabalhar... Mas se não estás, podias ia fazer o mesmo para outro sítio. (não vejo inconveniente algum mas não é suficientemente esclarecedor)
- Então se não te apetece fazer o que pedi, o que é que te apetece fazer? (pausa para ouvir resposta) Hum... pois, passa pelo RH e vai à tua vida. Desculpa ter-te incomodado este tempo mas de facto as nossa necessidades não se enquadram naquilo que te apetece fazer.. Antes de ires para casa passa já pelo Centro de Emprego, tira senha e talvez amanha te consigam atender. (Inconveniente: não tenho poder para tanto, mais uma vez, mas de resto acho que está impecável)
- A próxima bufadela, p.f., vais dar longe de mim porque senão obrigas-me a ser desagradável contigo. E já agora… o que te pedi… é para o dia X às X horas. Não estando pronto, escusas de voltar no dia seguinte.. (pronto tem o mesmo inconveniente…)

Posto isto vou-me manter sossegada enquanto a coisa não me está directamente ligada e a solução passará por uma olhadela torta e umas bufadela ligeira mas reveladora. Há quem considere que deveria passar por uma conversa sincera e cuidada...e até acho que pode dar os mesmos resultados.. mas isso vai exigir mais tempo de preparação do guião.

Já tinha referido que tenho a PDM? Para uns é defeito para outros é feitio. Eu acho que é uma solução para casos como este e outros que tais.

Ceteris Paribus

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não confio:

- Em pessoas que me mandam emails às 8h28 da manhã - a essa hora dorme-se, mesmo que já se ande na rua. Esta minha ainda curta experiência profissional já me permitiu constatar que os emails que me enviam antes das 10h30 são, no geral, carregados de ódios, desaforos e raciocínios imponderados e inconsequentes. E tomarmos um cafezinho antes de começarmos a trabalhar? E respirarmos fundo durante 10 segundinhos antes de escrevermos coisas bárbaras?

Mutatis Mutandis

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Amesterdão

Habemus Hotel, muito graças a mim, que sou uma pessoa preocupada (e sem pontinha de vontade para trabalhar). E às tantas já me estava a fazer uma certa confusão estarmos a um mês da viagem e ainda não termos um tecto. Ali a nossa amiga CP não admite, mas por ela era "chegar lá e logo se vê".

Next step: Adquirir esta coisa fantástica, que se vai substituir à minha (pouca mas esforçada) capacidade de persuasão para visitar pontos turísticos essenciais (onde eu - veja-se a loucura - incluo museus). Se está no guia, temos que ir. É aquilo a que podemos chamar "a mão invisível do guia".

Mutatis Mutandis

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vais pá onde

As VaisPáOnde e companhia vão, desta feita, perder a cabeça e experimentar um destino para o qual, uns anos antes, diríamos não estar suficientemente preparadas. Julgamos ser necessário alguma maturidade e clareza de espírito para lidar com experiências que no nosso Portugal não fazem parte das nossas vidinhas.
Ora Amesterdão, local onde tudo é legal e bem visto, a modos que implica desde logo uma certa solidez de convicções, que à partida reconhecemos poder quebrar mas com moderação e cuidados redobrados de forma a limitar consequências. Os bolinhos que fazem ver coisas ou o chá de canabis estão para Amesterdão como os ovos moles estão para Aveiro. Alguém vai a Aveiro só para ver o Forum ou andar de barquinho nos canais da cidade? Não. Uma pessoa vai a Aveiro, come uma barrica de ovos moles e depois dá um saltinho ao Fórum e aproveita o dia de sol para dar uma volta nos barquinhos. No fim do dia, e para o resto da vida, recorda com saudade da barrica de ovos moles classificando a cidade no seu todo como bonitinha, agradável ou fofinha. Desconfio que em Amesterdão tenderá a seguir-se o mesmo tipo de lógica.  Ainda nenhuma iluminada tentou perceber qual o tour turístico a seguir na cidade da red light: "logo se vê" que é como quem diz "na viagem de avião delineamos um plano e decidimos quais os monumentos a registar fotograficamente".
Neste tópico de monumentos, levantar-se-á com certeza um problema: eu odeio que me chulem 15 euros e 3 hora de espera para ir ver estátuas e quadros. Dá-me mesmo nos nervos. Ora para as restantes iluminadas desta viagem a coisa justifica-se..a menos que eu jogue bem duro e as faça perceber o que de tão belo poderíamos fazer com os 15 euros e as 3 horas.. Quanto mim, segue-se a mesma estratégia seguida no Louvre e noutros que tais: 3 fotos - uma à fila, para justificar não ter entrado; uma aos polícias, por tradição; e uma ao monumento em causa, para mostrar à mãe.

O que de mais bonito têm estas viagens não é preciso pagar para ver. Está na cultura gratuita que se experiencia, que vai desde o momento de check in no hotel, ao ambiente do café ou no simples movimento das ruas. Quando eu quiser muito ver a Mona Lisa, e principalmente perceber a história que rodeia o quadro, faço confortavelmente uma pesquisa google.

ceteris paribus

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Olha agora!

Não gosto que falem comigo em modo imperativo. Não é coisa de agora nem tem um âmbito subjectivo determinado, refere-se a toda a comunidade. Para a coisa correr bem e eu andar aí feito borboleta saltitante a fazer tudo e de boa vontade, uma ordem tem que ser sempre precedida de um pedido.
“Podes fazer…?“, "Não te importas de ir…?” são expressões bem mais simpáticas e frutíferas do que “Faz” e “Vai”.
Não deixo de estar consciente das consequências de não fazer ou de não ir, amigos e pais e chefes e mundo!
Vai daí, outra coisa que também me provoca (senão mais até) comichões é a proibição – aquela proibição soberana e autoritária que, desacompanhada de qualquer explicação, se abate sobre o nosso pequeno céu.
Eu tinha um pequeno céu azulinho, de seu nome “livre acesso à internet no trabalho”.
Trabalhava, fazia o que me competia e mais além e, quando os astros assim o permitiam ou era imperiosa alguma descompressão, ia dar uma jogadela ali no separador ao lado.
Pois esse céu ficou cinzento. Deixei de ter acesso a sites de jogos e pon-to fi-nal.
Eu compreendo a intenção, que até compreendo, mas uma coisa era ter sido sempre assim e eu não saber viver de outra maneira, outra é virem mudar as regras a meio do jogo.
Estou com falta de produtividade, por acaso? Não me parece que seja o que vos apraz dizer para justificar esta boa nova do acesso restrito à internet, por isso sinto-me legitimamente lesada num direito (há muito) adquirido.
Uma pessoa começa a trabalhar em determinadas circunstâncias e condições e, de repente, mudam-lhe assim a vida. Vou gostar mais de trabalhar agora, é? Cada 10 minutos que eu perdia (no meu ponto de vista ganhava) no snooker online vão agora ser utilizados a produzir coisas brilhantes?
Andam por aí a cortar subsídios aos funcionários públicos, a impôr mais meia hora de trabalho aos do privado e a mim, que sou um ser híbrido não especificado, tiram-me os jogos online para não me ficar a rir. Certo.

Mutatis Mutandis

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

It's a new day, It's a new start

Acordei, olhei para o relógio, que me mostrou umas 8h30 e, convencida de que era sábado, virei-me para o outro lado e pensei: "vou poder dormir até não conseguir mais, que coisa-maravilhosa-que-nem-sei-se-mereço".
Acto contínuo, alguma coisa no meu subconsciente começou a alertar-me que "às tantas não é bem assim". Os 2 neurónios disponíveis começaram a processar o incidente e eu percebi, finalmente, o meu grande equívovo: não é sábado coisa nenhuma, é quarta-feira, vais ter que te levantar e ir trabalhar como fazem as pessoas crescidas.
E então, durante longos e lentos 5 minutos, estive a tentar perceber que raio de confusão foi aquela, como pude alhear-me tanto da realidade. Pronto, e percebi: é que não é costume - não que seja assim tão inédito, mas enfim, não é prática habitual - eu beber álcool a uma terça-feira em quantidade que, não sendo muita, que não foi, é suficiente para não ser concebível assumir-lhe as consequências em pleno dia de lavoura.
Ou seja, na minha cabecinha, muito racional, só podia ser sábado. E sendo sábado, vamos lá então curtir calmamente o vinho que se bebeu ontem. Ah, então afinal é quarta-feira, aguenta-te à bomboca.
E bebeu-se vinho a uma terça-feira em virtude de um acontecimento em tudo esotérico. Ontem, pela primeira vez nesta minha vida onde tudo o que se consegue é sofrido, repetido e cansativo de tão esmiuçado, consegui fazer uma coisa à primeira. Assim mesmo, à primeirinha tentativa. Sem ter que repetir, sem ter que me chatear, sem ter que dizer mal da minha vida, sem chamar nomes bonitos a meio mundo.
O acontecimento é tão surpeendente que provocou em mim uma sensação nova, nunca antes experimentada. É que nem a carta de condução eu consegui tirar sem ter que repetir a porcaria do exame de condução por causa não de um muro, não de um stop, não de uma passadeira, mas de um sinal que decidiu ficar não vermelho, mas amarelo. Sim, eu chumbei porque cometi a loucura, a imprudência de não travar bruscamente para ficar a contemplar o amarelo. Esta situação é uma alegoria ao azar que tenho em tudo.
Por isso é que, depois de constatar esta manhã que afinal não ia poder dormir alarvemente, alentou-me a certeza de que estou a começar uma nova fase, boa por definição, fantástica pela vitória que foi alcançá-la depois de 2 anos de luta e muitos desesperos, e não pude deixar de sorrir interiormente (e suponho que até exteriormente) e levantar-me com toda a energia e vontade de enfrentar mais um dia de trabalho que não deixa de ser um primeiro dia de trabalho.

Mutatis Mutandis

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Começa a dar disto no "pessoal do meu tempo"

Este fim-de-semana foi marcado pelo casamento de uma amiga. Quando este foi anunciado vi a coisa como o curso natural de um namoro que já se prolonga por vários anos. É afinal o oficializar de algo que eu já assumia como verdadeiro.

Já na entrada da igreja, e porque cheguei um nico-tico em cima da hora, vejo a noiva chegar com os pais. Não teria isto nada de especial não fosse essa noiva ser a D.. Ver uma amiga, dentro de um vestido de noiva foi estranho.. Foi como se nunca tivesse visto verdadeiramente uma mulher dentro de um vestido daqueles.

A cerimónia em si foi também diferente de todas as que já assisti e participei. O coro, ao qual eu e a D. pertencemos, cantou como nunca o tinha feito. Desde a entrada ao cântico final, foram cantadas as letras com verdadeiro sentido do momento.  E pela 1ª vez senti alguma emoção com o momento, chegando a sentir a lagrimazinha no canto do olho. A nossa D. não é mais solteira e filha de fulano e sicrano. É agora a fundadora de uma nova família. É bonito! E que podia construir a sua família sem prometer em alta voz e em frente de um altar e amigos e família que dedicaria a sua vida à sua nova família, quer faça chuva ou sol, na saúde e na doença e bla bla bla e ser fiel e bla bla. Sim, podia tao simplesmente juntar-se, ter filhos, criar contas bancárias comuns e gerir as compras do mês. Mas e isso sem casamento teria a mesma beleza..? para ela não, e eu assino por baixo.

Ela cantou connosco todas as músicas da cerimónia. Músicas que tinham sido escolhidas por ela para o seu dia e tiveram por isso, para nós, um peso especial de responsabilidade. Ela cantou sozinha uma das músicas para o marido. O avô, um senhor de avançada idade e o verdadeiro ancião da família, cantou uma música para a neta... enfim, nada foi feito de cor e ao acaso.

Já nos Comes, ela decide agradecer ao povinho que ali estava. Eu conheço a D.. Não foi um agradecer "porque é bonito e faz parte". Foi um verdadeiro agradecer pela presença dos que ali estavam e que eram afinal os que têm estado em todos os momentos da vida dela, desde gente da escola (onde me incluo), gente da universidade, gente do trabalho e gente da família. Mais uma vez segurei a lágrima. Ela estava visivelmente cansada e claramente foi a pessoa que menos viveu o dia. Dedicou-o a dar assistência aos amigos e família, a certificar que tudo corria como planeado, a garantir que todos estavam bem. Acho que só no dia seguinte ela se vai aperceber que casou e vai sentir as emoções que todos nós sentimos durante o dia do seu casamento.

No momento de ser atirado o ramo, achei que desta vez não devia estar a diminuir as probabilidades a quem de facto está ali com os dedos torcidos para ser a eleita. Da última vez que me aventurei, caiu-me o ramo aos meus pés. Vi e senti um profundo ódio de quem me rodeava e desejava aquilo como pão para a boca.  Também a menina eleita desta vez não devia ali estar porque claramente também não o queria ser e acabou por sentir o mesmo que eu.. aquele odiozinho para todo o sempre de quem a rodeava e estava capaz de ir às suas mãos arrancar-lhe o ramo. Deus me dê lucidez para não chegar a esse ponto e perceber que por muito que me queira casar e não consiga, não será o ramo de outra mulher casada que me vai resolver a situação.

Noutras cerimónias eu ia dar conta da qualidade da comida, do serviço, do vestido dela, do penteado, da decoração, bla bla bla bla. Neste caso, isso é tudo tão irrelevante e só o que me ocorre dizer é "foi tão tão bonito!" a segurar a tal lagrimazinha.

Se até agora se estavam a dar os casórios em catapulta do "pessoal mais velho", agora começa a dar-se disto no "pessoal do meu tempo".. E à pergunta, entre nós, "quem será o próximo" a resposta é ainda pouco certa e algo aleatória, motivo de brincadeiras e forma de incentivo a quem está no "vai, não vai".

ceteris paribus

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Abraços Grátis

Acerca do dia Mundial da Paz e do movimento dos Abraços Grátis, devo dizer que me parece uma acção fofinha. Faz-me lembrar, e com saudade, da Queima da Fitas (a verdadeira, portanto estamos a falar da Invicta). Nessa célebre e sempre (mais ou menos) recordada semana, havia uma espécie de celebração da paz semelhante ao que ontem se propagou pelo País e Mundo.

É verdade que de facto se viam cartazes a correr com a oferta de abraços mas mesmo sem os cartazes a coisa dava-se com facilidade e toda a naturalidade.

Ao longe víamos uma cara conhecida, corríamos (dentro das possibilidades) ao encontro do indivíduo (a) e gritávamos "olaaaaaa", seguido de um abraço forte, um brinde, um "vamos beber mais qualquer coisa?" e uma partilha da felicidade e orgulho fepiano. Quando regressávamos para os respectivos grupos de amigos, e à pergunta pertinente "quem era??!" a resposta não ia mais longe que "é da minha faculdade". Que mais dizer? É amigo? Não! Sabes o nome dele (a)? Não faço a mínima! Já alguma vez se tinham cumprimentado ou falado? Não, mas acho que até já tivemos aulas juntos!

No final da semana, e no regresso às aulas (ou mais sinceramente falando, à faculdade), sentia-se aquele constrangimento de não te poderes dirigir à pessoa pois não sabes sequer o nome dela e se ela sequer se lembra de ti, então opta-se pelo ligeiro e tímido abanar de cabeça em sinal de cumprimento e um sorriso maroto de quem pensa "estavamos bonitos, estavamos..."

A Queima é ou não uma referência no que toca a Paz e Amor no Mundo?

ceteris paribus

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cinema

Ontem foi noite de cinema. Eu e a CP fomos ver o "Cuidado com o que desejas". De rir bastante mas sem chorar por muito mais.

Muito bom mesmo foi o "Friends with benefits", o que será quase o mesmo que dizer, aportuguesando, "Amigos Coloridos". De rir muito, de chorar por mais e de suspirar. Pelo Justin (Oh, Justin!!) e vá, pelo final da história. Sexo enquanto prática contínua e reiterada entre duas pessoas (as mesmas) sem compromissos, é pura utopia. A brincadeira acaba sempre num mal maior. No filme acaba em romance, o que, transportado para a vida real, corresponderá a cerca de 1% dos casos. Em 99% dos casos, uma das pessoas acaba, invariavelmente, na merda. Porque, em verdade, não conseguimos assim tão bem quanto apregoamos, um distanciamento entre o meramente físico e o profundamente emocional.


Mas a propósito, ir ao cinema nunca foi das minhas actividades lúdicas de eleição. Um espaço fechado e um filme a rodar numa telazita nunca me despertaram grande interesse. E todo o processo de ingestão de pipocas e o sugar das bebidas e o ar condicionado e o diabo a quatro, mexem-me com o sistema nervoso.
Depois, ir ao cinema com um homem é uma situação socialmente conotada como "romântica", o que não me agrada. E porque eu gosto de ver filmes que retratem a realidade das relações entre as pessoas, vê-los com um namorado não faz sentido - fá-lo-ia perceber uma série de coisas que eu, obviamente, lhe escondo (ok, é absurdo o que acabei de dizer, mas por ora o argumento serve). E se é simplesmenre um homem-andante, ir com ele ao cinema é um total despropósito.
Por tudo isto, tenho vindo a descobrir que o cinema até pode ser uma coisa engraçada, mas com amigas. E com filmes reais mas parvos, para rir muito (que para triste já basta a vida...qual poeta!).

Mutatis Mutandis

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sem título

Há uma certa hora, num dia de trabalho, em que as baterias começam a dar sinal de descarga. Essa minha hora já foi às 19h00, ou mesmo mais tarde.
Agora é às 10h00 da manhã.
E amanhã ainda é quarta-feira. Costumávamos ter uma teoria para ultrapassar a semana. Quarta-feira é o dia neutro, vivemo-lo como se não fizesse parte do calendário; quinta pensamos: "amanhã é sexta" e sexta é sexta. Segunda-feira é aquele dia de reconectar com a realidade - um processo cuja morosidade tem que ser respeitada -, pelo que sobra terça para trabalhar intensamente.
Mas esta teoria já não convence e a CP já anda por aqui a propor novas terapias.
Ter trabalho, nos dias que correm, é uma benção, mas isto ia melhor se os euros que me pagam me permitissem um Spa semanal.

Mutatis Mutandis

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

From old school, with love.

Sou do tempo do escudo, dos quadros de lousa e do giz. Aprendi a escrever com instrumentos rudimentares, como caneta bic, lápis e um caderno sem qualquer ornamento catita. E o mundo parecia perfeito assim. Depois vieram as minas e as lapiseiras e as canetas de cor com cheiro e às tantas todo o material escolar tinha que estar em harmonia de cores e estilo. O que variou entre aquela e esta fase foi simplesmente o aspecto dos trabalhos, agora mais compostinhos e abrilhantados. Continuava a escrever à unha, a ter que revirar livros e enciclopédias e muitas vezes a consultar os meus pais para sacar alguma informação. Cada trabalho era resultado de longas horas e de muito esforço criativo.
Por volta do meu 9.º ano, apareceu lá por casa o primeiro computador. Trabalhos fantásticos, com bonequinhos a ilustrar o que lá se dizia. Mas o sumo da questão continuava a exigir o mesmo: livros, pais, capacidade de desenrasque.
Depois veio a Internet. E o google. E a wikipédia. E hoje em dia nenhum puto precisa, nem quer, nem lhe é exigido, consultar uma enciclopédia, ter o trabalho de ir "chafurdar" na biblioteca da escola ou mesmo abrir um dicionário de língua portuguesa. Está tudo à distância de um clic. Googlar é um verbo e está tudo explicado.
Tenho para mim que tudo isto resulta num facilitismo pouco profícuo à evolução do intelecto das criancinhas. Mas isso são outros quinhentos, fica para outra hora.
O que aqui interessa é que eu, que vivi no tempo da lousa e do giz e das comunicações via CTT e das cabines telefónicas, orgulhando-me disso, tenho que me redimir e assumir que não vivo sem a merda da tecnologia.
Escrever em papel, à la mano, é tão raro que não reconheço a minha letra. Telemóvel? Tenho 2 (um pessoal e outro de trabalho) e não concebo a minha vida de outra maneira. Viver sem Outlook? Fora de questão. Falar com as pessoas com quem trabalho? É melhor por email, sempre fica registado. Combinar um café ou uma jantarada? No Facebook. Estar actualizada? Jornal online. O dossier 1530? Está no servidor.
E já por várias vezes me assaltou a pergunta: como raio é que as pessoas, maxime as que exercem a mesma actividade profissional que eu, trabalhavam na era pré-tecnológica? Não sei como faziam, mas têm toda a minha admiração, porque eu não conseguiria.


Tudo isto porque hoje a Internet falhou e eu fiquei sem condições de trabalho.

Mutatis Mutandis

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma questão de perspectiva

Apenas uma notinha antes de ir ao que interessa: sim, "perspectiva" com "C", independentemente do que os brasileiros gostam ou querem.

Hoje, talvez por se tratar de uma bonita sexta-feira, apetece-me dissertar acerca dos dias da semana. Percebi, com maior intensidade no período de depressão pós-férias, que o que nos faz mover ao longo dos 7 dias da semana é a Sexta-feira.  É uma espécie de marco, de meta, de partida, de sonho, de luz ao fundo do túnel. Sexta-feira é aquele dia em que, inexplicavelmente, nos faz renascer a alma após uma longa semana. Nesta fase do campeonato, e por diversas razões, a sexta-feira torna-se o alento de que tudo pode mudar. Assim sendo, a pessoa passa pela segunda e terça chegando a quarta completamente exausta. Na quinta as coisas melhoram pois é o dia que antecede a sexta. Na sexta renascemos das cinzas. Noves-fora, a semana de trabalho tem 3 dias duros e a vitalidade e a alegria prolongam-se por 4 dias... visto assim custa menos. Como qualquer pessoa que se preze, com ou não formação em PNL, o segredo da felicidade está na forma como vemos a vida.  E nós, mulheres em especial,  temos a mania de encontrar formas bem ligeiras que nos facilitam a sobrevivência num mundo que não nos permite ser 100% feliz por períodos longos e continuados. Vai que este ponto puxa de imediato outras temáticas mas ficarão para outros carnavais.

ceteris paribus

Bloguemos então

Numa primeira fase, presumi a morte do "VaisPáOnde". Que esta coisa de "blogar" é dom para meia dúzia de iluminados e eu vivo mais no escurinho. Depois, surgiram uns rumores de que o bicho de vez em quando dava de si. Estou agora numa 3.ª fase, decidida a ajudar a CP (bonita sigla, "olha lá não descarriles") a dar animus vivendi à situação.
Pois bem, era até bonito dissertar sobre o SW, que foi o acontecimento que deu causa ao nascimento deste blogue. Mas não há muito a dizer. É preciso ir lá para perceber como é que tudo se processa, a mera reprodução escrita dos factos chegaria a ser injusta. Injusta porque teria sempre a nossa perspectiva de pessoas crescidas a viver uma coisa mais apreciável por adolescentes, esses seres ávidos de liberdade e que aproveitam uma semana para fazer, dizer e ser tudo o que no resto do ano lhes está interdito.
Saímos da nossa zona de conforto, partimos rumo ao desconhecido, e foi a adrenalina da aventura que nos manteve ali durante uma semana. Conhecendo agora os meandros da coisa, não quero voltar. Até porque a idade começa a apertar, e se este ano já nos tratavam por você, daqui para a frente correríamos o risco de nos rodear um perímetro vazio, com uma placa a dizer "para ali não, elas parecem as nossas mães quando estão chateadas". E nem seria por mim, que eu até sou adepta do "tasse bem", mas a CP faz cara feia, de tal forma que até a mim intimida mesmo quando dirigida a outrem.
Bem, mas não vamos agora estar para aqui a fazer crer que o SW foi um pequeno castigo auto-infligido. Embora não pretenda voltar, foi uma semana de jantares ao som de grandes (q.b.) bandas, de arrastanço de chinelo, de praia, álcool, pura diversão e etc. e tal e coiso e mais isso.
Foi a primeira das minhas 2 semanas de férias que, no conjunto, se saldam positivamente. Tão positivamente que o regresso à realidade foi difícil. A depressão pós-férias não é mito nem mania. Existe mesmo e eu sofri disso este ano como nunca. Factores vários contribuíram (não foi só o largar das havaianas...), mas agora, conformada com este "tem que ser", que me reste a esperança de um próximo verão ainda melhor e nos entretantos que haja alguma animación.

Mutatis Mutandis, MM para os amigos (e nada de trocadilhos fáceis com M&M'S, os chocolates que andam).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sudoeste: está vivido.

Arrisco a mãozinha direita como ainda vamos ser banidas do Blog por falta de uso mas a depressão pós férias é de tal forma incapacitante que não sentimos ainda o chamamento para vir para aqui alarvar.

Acerca do Sudoeste, aliás motivo que nos trouxe até este mundo dos blogs, há tanto e tão pouco a dizer que não sei como expor a coisa.

Assim em termos muito gerais, aquilo é coisinha que tem mesmo de ser vivida. Desconfio apenas que tem data de validade. Eu fui ali no limite da coisa pois dúvido que com mais um ano de vida em cima conseguisse ver com bons olhos e conviver naquele Mundo tão próprio. O banho de água fria e em comunidade, os bichos à porta da tenda loucos por entrar à primeira oportunidade, os que de facto entram, jovens ainda sem barba pedrados desde as 9h da manhã, a necessidade de andar sempre com tudo atrás para não ser gamada, as casas de banho imundas e cheias de vida, as garrafas de vidro deixadas no chão ao longo do estacionamento,... são tudo questões que a idade tem tendência a rejeitar.

Amei jantar ao som de concertos. Este é um ponto que em qualquer outro modo de férias não conseguiria viver. O guião comer (mais ou menos com  muita qualidade mas garantidamente sempre em quantidade, como de costume)- beber- praia- música- dormir, agradou-me. Em próximos filmes seguirei o mesmo guião mas mudo-lhe o cenário.

Voltar a Vila Nova de Mil Fontes, local onde já fomos tão felizes, foi o recordar de velhos tempos e a oportunidade, naquela semana, de voltar a calçar o sapatinho alto, jantar de faca e garfo e sentada à mesa, dançar em chão plano, beber em copos de vidro, ver pessoas de faixa etária superior, ver pessoas bebadas (onde eu me inclui tão bem e até com destinção).....

Enfim, não tentarei novamente fingir ser festivaleira mas encontro-me satisfeitinha por ter feito parte daquele mundo uma vez na vida. É de facto digno de ser vivido.

ceteris paribus

quinta-feira, 28 de julho de 2011

E forcinha?

Hoje o post é torneado de enorme sentimentalismo e seriedade, como de costume aliás.

Nesta altura, um "nico-tico" desesperante, sinto-me como o atleta que corre e, bem pertinho da meta, deixa de ter controlo nas perninhas, se estatela com grande espetaculo e vai ali arrastando a cabeça pela linha da meta. Desejo tanto ir de férias como de ter água quente no Sudoeste e o cérebro começa já a dar de si... Acaba por não facilitar o facto de, a cada canto, ver pessoinhas descontraidas, a arrastar o chinelo e com o cabelo queimado do salitre e do sol.

Mas o meu momento chegará, cheio de mérito e justiça divina! Que as hormonas vivam o Verão na sua plenitude.. e já agora, que consiga encaixar a tenda num espaço agradavel no Sudoeste (começo a relativizar a faltinha de água quente)...





ceteris paribus

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A desejar mais-que-tudo o meu querido mês de agosto

Segunda-feira.... só me apetece jogar bolinhas, jogar solitário e por os olhos a pastar através da janela do escritório (que aliás, neste último ponto, foi-me aconselhado pelo oftomologista..... diz que faz bem à vistinha e alivia as córneas.... ) 

ceteris paribus

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"URGENTEE!!!"

Uma coisa que me tira fora de mim é abrir o outlook pela manhazinha e ver no título de um email recebido: "urgente!". O meu sentido de "estou completamente F*da" fica em alerta, coisinha que me põe logo nervosa pela manhã.

Mais me incomoda, quando até me poupam de títulos alarmantes mas no corpinho do email sou presenteada com "Ligue-me assim que puder. É urgente.". Não é mencionado o tema da conversa, não me esclarecem se se trata tão somente de uma dúvida existencial ou se eu fiz mesmo merda e querem tirar contas comigo e insultar-me do piorio.. Vaí daí começam logo por me querer castigar pela manhazinha com pequenas tiradas alarmantes e ameaçadoras... não gosto, pronto.

ceteris paribus

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Isto é a vida que pedi a Deus e na verdade é apenas metade do que eu mereço!

Desde o dia em que fui depositada na bela cidade Invicta que me ocorreu vir a ser uma bela cidade para se criar raízes.. se nos primeiros meses não me era de todo possível aguentar mais do que 15 dias seguidos por cá, sem respirar o ar da aldeia, rapidamente se tornou mais complicado ir dois fins de semana seguidos à santa terra (de que me orgulho e gosto muito, note-se).


Entre todo um conjunto de factores Porto-dependentes, esta semana é aquela em que sinto Aquele orgulho na terra do Pinto da Costa. Não, julgo que esta semana o FCP não vai festejar uma 20ª vitória qualquer no futebol. Julgo que há um drama qualquer com o Vilas Boas (pelo menos é referido com muita frequência no facebook) mas também não é esse o acontecimento que me enche de um misto de alegria e um "toma-la-voces-não-têm-disto- na-vossa-terra"..


Pois é, esta semana trabalha-se por cá apenas e só dois dias e meio (sim quarta feira depois de almoço já ninguém produz o que quer que seja a não ser conversas de msn acerca do que por aí vem). Por aqui vai passar-se o S.João.


S.Joao 2011: para além da noite mítica que todos ouvem falar mas só quem aqui vem sabe como é, este ano traduz-se numa bonita junção com outro feriado (poderia ir ao google ver do que se trata mas não me apetece e é irrelevante para o caso)...traduzindo-se "portantos" em dois dias de férias, um fds para descansar, muitas noites sem a pressão do dia seguinte, praia, fazer coisa-nenhuma e a sensação de que "isto é a vida que pedi a Deus e na verdade é apenas metade do que eu mereço!"




ceteris paribus

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alguém me sabe dar o contacto de email dos Homens da Luta?

As minhas preocupações e receios estão agora a subir um nível e a traduzir-se em enormes desafios futuros. Da mesma forma que terei graves problemas logísticos com os banhos de água fria no Sudoeste (a enorme multidão a pressionar-me para um banho rápido, frio e ainda por cima rápido portanto, e o ajuntamento de bicheza que para ali se vai reunir em redor dos meus pés aflige-me um pouco mas saberei lidar com isso), antevejo tempos complicados com o sr. dr. Passos Coelho, agora primeiro-ministro do nosso Portugal.

O meu coração aperta... o desmontar da tenda que comprei para o Sudoeste, e o voltar a guarda-la em tão reduzido saco, será brincadeirinha perto do que o sr dr. Passsos Coelho terá de encarar daqui para a frente. E agora bater o pé e dizer que não a tudo e qualquer outra coisa não será de todo suficiente. Ficou com o menino nas mãos e muito terá que fazer além de birra.

Mas como diria o outro, quem se lixa não é o mexilhão, sou Eu!

Não sou de todo fã dos Homens da Luta mas estou convicta que acabarei por lhes enviar a minha candidatura espontânia. Canto mal, toco meia dúzia de notas, faço o pino e estou numa do contra. Perfect.




ceteris paribus

domingo, 29 de maio de 2011

Arre...

Já me aconteceu um pouco de tudo nesta vida. Das coisinhas piores é não ter tabaco. Mas pior ainda é ter tabaco em ambundância e não ter lume. Isso é que rais-ma-parta que é de uma pessoa agonizar.
O que também é muito mau e, portanto já me aconteceu não raras vezes, é ir desfrutar do último cigarro, tudo em conformidade, e eis que acendo o cigarro ao contrário. Cúmulo dos azares? É acontecerem as duas coisas no mesmo dia. Depois de muito me debater em busca de qualquer coisa que fizesse chama, virei o bico ao prego.

mutatis mutandis

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lista_VaisPáOnde_ Sudoeste

Eu até já tinha pouca coisa com que me distraír...
Mas já que cá estamos, convém não descurar.

Esta é a eleita da ceteris paribus. Fácil de montar (a tenda, pois).
Fará parte das nossas vidas dentro de poucos dias. O meu conforto nocturno ainda está por definir.

mutatis mutandis

sábado, 21 de maio de 2011

"Não sei mas já está"

Ai vai, não vai, escreve, não escreve, faz não faz..."não sei mas já está".
O impasse durou pouco. Em boa verdade, durou um pouco mais que nada. Foi assim:
Depois de anos de promessas (não passaram disso mesmo por limitações várias), decidimos ir ao Sudoeste. Este é, aliás, do nosso ponto de vista, o último ano em que um conjunto de factores justifica a aventura. De modos que hoje fomos adquirir os passaportes para o acontecimento.
E vai daí, "e se fizessemos um blogue?". Não percebi imediatamente a associação. Tomei como certo que seria para escrever aqui umas tantas coisas que, diariamente, os nossos preciosos cérebros processam com uma estupidez tal, que começa a ser um acto criminoso não partilhar. Afinal não era, e surgiu o impasse. Era para falar sobre o Sudoeste. Ora....... Sob pena de parecermos adolescentes-aos-saltos, é bom que não demonstremos demasiado entusiasmo com o (nosso 1.º!!) festival. Em boa verdade, estamos em pulgas, a fazer listas mentais de coisas indispensáveis e pesquisas na Net para saber os mínimos sobre a coisa. Mas ninguém precisa de saber, podemos sempre disfarçar no meio de outras coisas que sempre há a dizer. Pronto, resolvido. E aqui está.
Há uns tantos esclarecimentos a fazer em relação ao título do blogue. A explicação remonta a Agosto de 2008 (meu querido - e soudoso, seja dito - mês de Agosto). Mas isso fica para outra altura.

mutatis mutandis

Um desabafo sério para dar alguma credibilidade a um blogue que se espera A diarreia mental

Estou preocupada com a faltinha que a água quente nos vai fazer no Sudoeste....
E com o resultado das próximas eleições..

ceteris paribus