sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sexta-feira, dia 31 de Maio de 2013, 10H00: o dia perspectiva-se caótico. Emails a cair, o telefone numa cantoria aflitiva, prazos a apertar, clientes a reclamar atenção. Não sei se vou conseguir sair daqui antes das 21H00. E isto só para adiantar serviço, que de certeza que não vou conseguir concluir nada.

Sexta-feira, dia 31 de Maio de 2013, 15H30: Raios me partam, o dia não passa. Que pasmaceira. Tanto para fazer lá fora e eu aqui fechada.

O que se passou entretanto: um almoço de 2 horas e um copo de vinho branco.

MM

quarta-feira, 29 de maio de 2013




E não tenho mais nada a dizer.


MM

Girl Code # 1

Um homem. Uma mulher. Conhecem-se e acham-se piada mutuamente.

Em meia dúzia de dias, ele faz 6 das 7 coisas que, no abstracto, podem considerar-se muito suficientes para uma rapariga se por a imaginar-se vestida de branco num altar em frente ao mar, com pombas brancas e esculturas de gelo no jardim.

Ela admira-lhe a determinação mas não aprecia a abordagem pouco casuística.

Começa a entediar-se com o mundo encantado da Floribella.

Ele insiste no registo. Vai sem medo. Já fala nos "pequenotes" que hão-de vir.

Gota de água.

3 meses depois, ela já não o pode ver à frente. Deseja muito que ele pegue nas suas tiradas pirosas, perdão, românticas, e nos seus projectos de vida cor-de-rosa, que atravesse o oceano e se deixe ficar do outro lado.

Ele começa a perceber que a mariscada vai acabar.

Ele percebe que a mariscada acabou.

Ela respira de alívio.
-- --

Ele segue a vida dele. Tal e qual ela desejou.

Mas depois existe o Facebook.
Ele comenta, faz likes em posts de outras raparigas.
Troca comentários fofinhos com outras.

-- --
Ela: esmifra os perfis de todas as fulaninhas com quem ele interage.

Deprime.

Faz jornadas de introspecção.

"Então ele gostava tanto de mim...
...ele dizia que...
...íamos os dois...
E agora nem sequer uma sms...
... não compreendo...
...afinal gosto dele."

MM

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cuspidela no ar

a desvantagem de um curto histórico de blogue é que com alguma facilidade quem o escreve vai reler postas antigas. Eu já o fiz algumas vezes, na falta de novas postas da MM, até porque me dá jeito relembrar o quão poderosa é uma cuspidela atirada ao ar..

Ora recordo a minha tirada extremamente inteligente, aquando o meu contacto com um par de dança cujo facebook denunciava uma mulher e uma filha, com direito a gatos e tudo. Eu, no alto da minha sapiência, impedi-me de alimentar na minha cabeça uma futura e bonita história com aquele ser. Dizia eu que até era gaja para tolerar o gato, mas mulher e filha era de mais.
Pois se não quando me vem parar ao colo (nessa fase estava ainda completamente inocente) um tipo que tem tudo, menos o gato e a filha (que eu saiba). E a menina ter juízo e pôr-se a milhas? Na. Vai de chafurdar.
Como na maioria destas historinhas merdosas (para todos os intervenientes) há uma série de pseudo justificações dos infractores. Ele é porque a relação está nos seus términus, ele é porque foi impossível resistir a uma relação tão airosa e saudável (em contraposição à relação doente que se mantem desde 1900 e carquejo). E justificações para não por um ponto final na relação que se está a trair? pah.. por pena, diz ele! (pena!! xiça.)
E do lado da vaca está aquele pensamento forçado "Ah não sou eu quem está a trair. Ah eu não o procurei".
Pois, mas depois vem aquela sensação bonita de altruísmo que resulta em viver-se bem a um jeito que agrade o senhor, coitado que já lhe bastam todos os outros problemas que tem, e não ser mais que um muro de lamentações. Surge ainda um facto irritante que se traduz em manter sempre em mente "Eu não quero ser como ela. Eu não quero ser tão chata. Eu não quero ser tão fria. Eu não quero ser comparada, nem na cor de cabelo, com ela.".
E pronto, temos uma relação ficcionada, que se passa mais na minha cabeça do que na realidade, e da qual o outro só conhece a sensação de se manter em contacto o dia todo e, de mês em quando, sentir que subo tanto paredes quanto ele. Também de mês em quando lhe ponho a vista em cima e deixamos claro quão forte é o adolescente que vive dentro de nós.
E como é que tudo isto termina: ele emigra (já o segundo que me faz esta brincadeirinha). Ela mantém o seu lugar em stand by e eu saio de fininho de cena.
bonito hein?
 
ceteris paribus
(não fosse este blog anónimo e eu era chicoteada em praça pública de mãozinha dada à bloguer que disse ter por sonho comprar uma mala channel)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Aquele frustado auto- endrominanço

aquela crença de que deixarmos o telemóvel muito longe da vista se vai traduzir em mais chamadas e sms (na verdade, se vai traduzir NAQUELA chamada e sms em particular, desesperada pela nossa ausência e sedente de resposta)... 

acaba naquele silêncio interior quando finalmente lhe pomos o olho em cima e está sem qualquer registo do que quer que seja.

e já agora, quem, a partir da Rússia e da Alemanha, andou a visitar aqui o bloguezito? MM, andas emigrada? és tu?

ceteris paribus


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Guy Code anotado | Girl Code

À medida que os vários copos de requintado vinho tinto (devidamente decantado naquele objecto que quase consegue pesar mais do que eu) iam ficando menos cheios, fomos constatando quase com perplexidade que dispomos de um considerável espólio de experiências amorosas (mais alheias do que próprias, reforço a ideia da CP) que nos merecem um tratamento interpretativo complexo.
Verdadeiras investigações dos elementos evidentes, aparentes, eventuais e colaterais das relações. Não é uma ciência exacta, por vezes chegamos a uma interpretação unânime, outras a várias e até conflituantes entre si, e outras ainda a conclusões que depressa resultam irreversivelmente refutadas por acontecimentos dos dias seguintes.
Mas eles merecem saber que nós sabemos o que eles pensam. Que lhes conhecemos as manhas, o raio da mania que controlam todas as situações, a psicologia em permanente época de saldos. Guy Code é o nome de um programa da MTV a que fomos fiéis enquanto durou. Ali se exibiam todos os raciocínios inerentes aos comportamentos masculinos perante o sexo oposto. Muito interessante constatar que não eram da minha cabeça (sempre votada ao macabro) alguns elos comuns que fui descobrindo entre os homens. Mais interessante ainda, foi despertar para outros tantos comportamentos que me passavam ao lado e que afinal têm em antecâmara uma lógica muito básica que se desenvolve ao nível da cintura.
O que eles pensam, nós sabemos. O que pensamos do que eles pensam, é do que vai tratar o Guy Code anotado.
E depois, uma coisa leva à outra - duas garrafas depois já as palavras se elevam à filosofia -, concluímos pela pertinência do Girl Code. Sim.... não somos betinhas que andam aqui a agir individualmente às investidas concertadas do sexo masculino.
Também nós temos um código. Também nós reagimos maioritariamente da mesma maneira aos comportamentos-tipo dos homens. Também nós somos  muito muitas coisas que os irritam.
O fundamento das atitudes deles e delas, os comportamentos típicos deles e delas, o que pensamos sobre isso, casos práticos sem precisar de recorrer à ficção, conflito de códigos - e tirarmos uma licença sem vencimento durante 3 anos para podermos vir para aqui explorar os temas -, é o que se promete.

MM


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Guy Code anotado

Ora que há umas semanas surgiu a ideia de lançar esta rubrica aqui no tasco. Foi lançada com um certo entusiasmo mas razões várias (ou simplesmente porque a ideia surgiu entre duas garrafas de vinho e, dormidas umas horas, já não se saber que postas vir aqui mandar) foi adiado. "Vamo"  lá então tentar dizer algo parvo.

Ficha Técnica

Razão de ser |  as longas dissertações entre mim e a MM acerca do tema são sustentadas nas nossas experiências e nas dos que nos rodeiam (vá, secalhar um pouco mais na dos que nos rodeiam) e são de tal forma verdades absolutas que merecem ficar registadas e serem lidas por qualquer jovem ou adulto ávido de explicações e informação qualificada para a compreensão dos seus desastres amorosos.

Conteúdo programático | Como é que um homem articula o que as suas duas cabeças determinam.

Periodicidade | provavelmente este foi post único mas, a repetir-se, será sempre que der vontade ou tivermos conteúdo relevante.

Guy Code anotado #0 (em jeito de teste)

História: ele diz não se sentir preparado para assumir uma relação mas afirma, com ar de cachorro abandonado e carente, que gosta muito dela e que, se se sentisse preparado, ela seria a escolha para publicar no facebook "numa relação com". Acabam a relação "andanço" e uma semana depois ele escolhe outra Ela para preencher o "numa relação com". Seguem-se dali fotos e bitaites cheios de amor profundo.

A minha interpretação: ele quer (permita-se-me a expressão) pinar e até a acha uma companhia agradável mas não está apaixonado ou qualquer outra coisa que se assemelhe. Mas se ele  lhe disser exactamente isto ela vai armar-se em virgem ofendida e não lhe vai dar o que ele quer (sem  um sermão prévio de 3h e um ultimato de que não volta a repetir-se, no pós coito, bem como a seguida acusação de que foi usada e blá blá ...e acaba-se a noite com uma choradeira). Ele  conhece outra (muito certamente ainda durante o tempo do "andanço"), por quem se apaixona, e lá se vai o "não estou preparado para ter uma relação". É horrível esta perspectiva?  é! mas nunca, nuncinha, vi uma história destas que não tivesse exactamente este aspecto. Lá está, passou a ser verdade absoluta. Lei! No limite admito, na primeira parte da minha interpretação, que a ordem de interesses dele possa ser: gostar da companhia dela e, espectacular, é boa e dão-se bem despidos para além de que tem muita piada este toca e foge, os elogios e os agrados, o colo e as passadelas de mão pela cabeça nos dias tristes.

Se os papeis estiverem invertidos, e portanto é ela quem diz que não se sente preparada para ter uma relação com ele... bem, a minha interpretação é bastante semelhante mas acrescento que, neste caso, a mulher também sabe bem que o homem não quer nada sério com ela e portanto não se vai rebaixar e ser ela a única apaixonada-declarada do casal.

ceteris paribus