segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Guy Code anotado | Girl Code #Os Convites

Portanto meus caros:

- a história da humanidade sempre deu ao homem o papel de líder, o que mete dinheiro em casa, o que manda. Também nas melhores histórias de amor e ficção, e mesmo comédias românticas, se reconhece quem detém o papel do conquistador, de quem toma a iniciativa, de quem comanda o rumo da história, de quem corre e sangra para dar o melhor à sua mulher.

Lá porque a mulher hoje pode ganhar mais que o homem e já não resume a sua existência a ser "mulher, mãe e dona de casa" não significa que o homem abandone o que o seu adn lhe impõe.

Quando uma história está prestes a começar (de amor ou coisa da mesma categoria)a mulher "põe-se a jeito" e o homem toma a iniciativa. Eu não vejo problema algum nesta lógica e acho-a mesmo perfeita e imperativa.

Daqui depreende-se o seguinte:

- homem convida mulher para sair e nunca, jamais, lhe pergunta se ela quer que ele a vá buscar.. muito menos pressupõe que não tem de o fazer. E se a mulher diz " eu vou ter ctg" então tem em mente apenas uma coisa " ter o meu carro à mão para eventual necessidade de fuga" (o que me parece um mau sinal... n?!)

- mulher responde ao convite com  "não sei se posso"  e/ou "depois combinamos" e isto são chavões para o homem mostrar persistência moderada e disfarçada, convicção, firmeza. O homem não espera depois que seja ela a mandar sms a dizer "então, sempre manténs o convite? é que eu quero aceitar", pois não?!!

- homem não faz fitas com o estado online-ofline no FB e muito menos finge que a ignora para a pôr a correr atrás dele. A mulher até o poderá fazer mas já vai numa lógica de "é para o que é, porque para mais do que isso terias de fazer muito mais e desde já desconfio que o teu valor, nas várias vertentes da vida (..), é igualmente deficitário e adolescente" (isto já me modo ressabiada, e é sabido que este estado dificulta tuudooo ao homem).

- mulher demora 2h para se arranjar (mas diz que vestiu a primeira coisa que encontrou porque não teve tempo). Portanto, homem nem pense em desmarcar o encontro (a menos que a mãe tenha morrido).

Resultado: felizes para sempre (ainda que o "sempre" possa ser muito relativo por decisão dela de ambos)

ceteris paribus

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Há coisas...

Hoje fui consultar novamente A Senhora. Marquei a consulta há mais de uma semana e, por pura coincidência, soube há uns dias que saía hoje a nota daquele-exame-que-me-decide-a-vida. 
Claro está, a consulta teria que andar muito à volta do tema. "Acha que vai correr bem?" "Olhe que sai hoje, é hoje". "É uma coisa mesmo importante, é sim ou sopas, é vai ou racha, é viver ou desandar". 
Já me tinha dito, tempos atrás, que a coisa ia correr bem. Mas hoje quis saber qual seria a reacção a uma situação que ia acontecer no próprio dia. Uma espécie de mostra aí o que vales, esbardalha-te aí com força ou mostra-me que isto é mesmo coisinha para levar a sério. 
Esperava que divagasse, que não se comprometesse com nada de concreto. Mas não. Disse-me peremptoriamente que ia correr bem. Citando: "Não tenho dúvida nenhuma, vai correr bem e vai tirar boa nota. Vai tirar uma nota razoável". E apontava para as cartas para atestar o que dizia e como se fosse suposto eu perceber que aquelas cartas são do melhor que há. 
Desconfiei logo. Muito rápida e decidida a responder, por um lado e, por outro, houve ali uma alteração duvidosa do "boa nota" para a "nota razoável". É que uma coisa é uma coisa, outra bem diferente é outra coisa. Estive para lhe perguntar o quê que entende por bom e razoável, mas decidi aceitar a ideia base da coisa: o 10 (mesmo que arredondado) estava no papo. Tirar 10, arredondado de 9,6 era aquilo que eu tinha estipulado como boa nota. Já 10 arredondado de 9,5 era um bocado à rasca. 
Vim trabalhar nas calmas (piada!), tinha tanto com que me entreter, ai cruzes que não sei se vou conseguir sair daqui hoje com tanto que tenho para fazer e...voila. Notas. 
E o computador bloqueia, e afinal não saíram, espera aí, desculpa o mau jeito, saíram, agora é que é, o meu computador não abre PDF, agora desapareceu a publicação. Larguei tudo, fiquei a curtir os últimos minutos antes da confrontação, a decidir se queria mesmo saber, sempre podia adiar mais umas horas, o mundo não acaba se eu não passar, está bem mas a minha vida fica muito a andar para trás. Vou mas é fazer qualquer coisa útil enquanto decido o que fazer e isto não abre. E eis que do silêncio surge uma voz (da minha colega da frente, não de um ser do além), "Passaste. Tiraste 15". 

Adivinhe-se quem é que a partir de hoje é a mais crente dos crentes?

MM


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A falta de um título forte e incisivo dá logo a indicação sobre o que daqui se pode esperar

Decido vir alarvar para o blog em horário laboral já que tudo o resto que me compete fazer neste mesmo horário está a deixar-me.. vá... como posso dizer isto sem parecer desesperada e louca (?)... desesperada e louca.

Apercebo-me que não mandei qualquer bitaite sobre Barcelona. Mas também não o vou fazer agora, limitando-me a abanar a cabeça, em jeito afirmativo, a tudo o que a MM já escreveu, sublinhando o nojo que senti na Razzmatazz e no hostel e na praia e ainda assim fui feliz. Chego, hoje, a sentir-me capaz de reviver tudo, sem excepção, preferindo isso ao dia-a-dia limpinho que tenho vivido no pós-férias.

Bem, tentando então agora dar um rumo e um tema concreto a este post, não vão as 2 pessoas que o vão eventualmente ler achar que estou desesperada e louca, falemos de unhas.

As minhas hoje estão mal pintadas mas com uma cor bastante bonita.

E pronto. Ceteris Paribus.

(quando deixamos de ter apenas um acontecimento chato, que nos tira do sério, para contar a alguém no fim do dia e, em resposta ao "como foi isso hoje?", só te ocorre baixar os olhos e encolher os ombros..... fdx, MM não queres dividir uma caixinha de xanax a meias? mesmo que não precises, certamente que as insónias te passam e deixam de te incomodar as melgas durante a noite. E assim ficava-me mais baratinho.)


e a isto se chama alarvar! Já me sinto muito melhor, obrigada.
Ceteris Paribus

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Coisas que me atrapalham o discernimento #1

- Pessoas a cantarolar em cochicho

Se no andar de cima estiverem a deitar paredes abaixo eu consigo trabalhar, compreendo a necessidade do barulho. Já a cantoria em modo cochicho...não vejo a necessidade da coisa. Se é para aliviar a alma e mostrar que sabem a letra da música, não se acanhem, cantem alto. Faz-me lembrar uma certa parte da missa católica em que as pessoas se ajoelham e cochicham. Nunca percebi o que dizem e nunca perguntei porque pensava que me iam achar burra, tal podia ser a evidência do que era suposto dizer-se. Ainda não estou certa, continuo com vergonha de perguntar, mas acho que é um momento livre em que as pessoas apelam à protecção divina com toda a veemência que conseguirem.

- Pessoas que se descalçam enquanto trabalham

Descrever a situação seria um exercício doloroso. Direi só que, não é por nada, mas perante a situação ponho os filtros das narinas na sua máxima potência, o que diminui a oxigenação do cérebro e danifica irreversivelmente toda a actividade cerebral das 3 horas seguintes. 

 - Não conseguir passar do nível 30 no Candy Crush 

Os meus serões têm sido passados nesta imbecilidade. Até ao nível 28 a coisa foi, mais vida menos vida, mais hora menos hora, mais dias menos dias. O 29....senhores, o que me custou este nível. 3 dias intensos. Quando fechava os olhos já só via os doces a agruparem-se. Agora o 30. Como é que alguém consegue passar o 30? Não me parece humanamente possível mas pelos vistos é. E este sentimento de impotência já começa a interferir na maneira como encaro a vida. Não sei como andar na rua de cabeça erguida sabendo que no serão anterior não consegui passar o nível 30. Quando falo com aquelas pessoas que expiram auto-confiança tenho a certeza de que já vão para aí no nível 100. Eu? Pareço um rato amedrontado. 

MM