Passados alguns dias no novo poiso
profissional sinto-me capaz de desenhar algumas conclusões inteligentes e
extremamente pertinentes.
Antes de qualquer outra coisa
devo dizer que estou satisfeita com a mudança, não pelo que experienciei estes
dias mas pelo que vivi antes da mudança e o que espero viver daqui para a
frente.
Aqui vai.
- A relação profissional é como
um casamento, sem a partilha do leito (às vezes!). Pior. É pior que um
casamento. É uma relação que começa com toda a esperança e crença no futuro,
passa pela fase do companheirismo e hábitos e chega ao ponto da ruptura quando
um dos dois encontra uma alternativa melhor. Este processo tem, de todas as
formas e mais algumas, implicações financeiras. Dar tempo para ver se a coisa
melhora, não dá bons resultados, porque a tal alternativa grita promessas
melhores. Sim, e mantenho o discurso típico de uma relação terminada, mais ou
menos a bem, de que foi uma óptima experiência e podemos manter a amizade. Mas
é um discurso mesmo sentido!
(devo esclarecer que no meu caso não houve
partilha de leito ou intenções sequer de!)
- A incapacidade sentida nos
primeiros dias de trabalho é mais forte do que a sentida no nosso 1º emprego.
Receamos que as metodologias, discursos e hábitos anteriores não sejam bem
encarados ali, então até o título do email queremos que seja revisto por
superiores. Irrita um bocado ( a mim e certamente que a eles também).
- As novas caras e até mesmo o
novo espaço físico agradam. Estamos todos naquela do “és fixe?! ”.
- Não me sinto num novo casamento
mas antes numa fase do tomar um cafezinho, beber um copo, conhecer, apalpar
(sem qualquer intenção física) terreno. É uma fase que faz sentido não tivessem
os contractos um período legal dito “experimental”. Note-se que para mim nada
tem de experimental. É para valer. Voltar à relação anterior está fora de
hipótese neste momento (a propósito, diz-se, e bem, que voltar para um ex é
como comprar um carro que foi nosso no passado. Vem com os mesmos defeitos mas mais
rodado).
- Estranho o comportamento
atípico do Outlook e da barra de ferramentas. Não caiem mais de uma dúzia de
emails por dia e a triste da barra tem menos de meia dúzia de páginas abertas
ao mesmo tempo… estranho.
- A felicidade de receber a
caixinha com os cartões de visita não se compara ao que senti aquando da minha
primeira caixinha de cartões de visita. A felicidade que senti quando, após ter
acabado o curso e ter merecido por isso trabalhar na legalidade, tive direito a
cartões de visita com o meu nome..
Et voilá… por agora c`est tout
ceteris paribus