quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ser ou não ser

Após vários factos, e alguma reflexão, concluo que não sou boa em nada. Em nada mesmo. Em qualquer que seja a categoria da vida não existe um aspecto em que eu veja que "pah tenho mesmo jeito". RIEN
 
Não quer dizer que seja má em tudo. Com o andar da carruagem e análise interior posso entretanto chegar a essa conclusão..mas para já reconheço apenas que não sou boa em nada.
 
O que me intriga:
é normal não se ser boa em merda alguma? Posso ter esperança de vir a descobrir a minha vocação ou vou mesmo viver o resto dos meus dias como medianazita no geral?
 
A ser suposto vir a descobrir alguam vocação, gostava que fosse algo útil. Não me confortará saber que sou boa em, por exemplo, dar o laço aos atacadores das sapatilhas.. primeiro porque é raro usar sapatilhas e segundo porque isso não me vai dar um trabalho que me dê muito gozo, um salário decente, uma casa com piscina interior, uma ninhada de filhos alfabetizados e um companheiro para a velhice.
 
(devo referir que vejo muita gente com talentos que não lhes conferem nenhum destes tópicos..e isso permite-me ousar pensar que também posso ter dessas sortes... mas gostava de ter também uma vocação qualquer... facilitava e animava as 8 horas por dia que passo a trabalhar e as restantes 16 a vivenciar as restantes categorias da vida).
 
Bem,vou continuar a analisar-me e aguardar atentamente melhores conclusões.
 
ceteris paribus, numa qualquer fase semelhante a TPM, mas que não é TPM

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Terça-feira da semana passada:

Secretária:
O informático tem que vir cá e precisa de ter tudo desligado. Escolham uma manhã ou uma tarde para não virem trabalhar.
Nós:
- O que pensámos: A sério??? Maravilha. Vou às compras, vou ver filmes, vou dormir, vou para casa ver os programas da tarde da Júlia, da Conceição, da Fátima Lopes ou seja lá quem for. Espectacular.

- O que dissemos: O quê? Não pode ser. Uma manhã ou uma tarde com tudo ao abandono? Nem pensar. Temos muito trabalho, como sabe.

... 5 minutos de reflecção depois...

Nós:
Pronto, como costuma ser um dia mais calmo, ele que venha na sexta-feira da próxima semana. A partir das 16h00. Assim, até lá conseguimos pôr tudo em ordem. Ou quase, vá. Faremos um esforço.


Sexta-feira da semana seguinte (hoje):

[12h40] Secretária:
Afinal o informático já não vem hoje. Vem no Domingo, assim também não incomoda ninguém.

Nós:
- O que pensámos: A sério??? Porra!! Já estava a contar com isso. Vou ter que trabalhar? Mesmo?

- O que dissemos: Ainda bem.

[17h50] Eu (em pensamento):
Já fiz o que tinha a fazer. Já fiz mais do que me propus fazer esta semana. O meu cérebro estava formatado para desligar a seguir ao almoço.

Moral da história: somos uma cambada de hipócritas. Às vezes estamos aqui sem fazer nenhum, entramos e saímos à horinha que bem nos apetece, de vez em quando temos "assuntos" a resolver às 4 da tarde em parte incerta, etc.. Mas quando nos é pedido que nos retiremos, fazemos um drama. Aquele ar de pessoas muito atarefadas fica sempre bem. E uns mais do que outros encarnam bem a personagem (sim, é mesmo uma personagem fictícia. Um alter ego qualquer que inventaram para se sentirem bem).

 
MM