sexta-feira, 30 de março de 2012

Quando era piquena, inconsciente e inconsequente, queria muito ser adulta. A visão de mim em modo adulto era a seguinte:
Giríssima (esperança é o meu nome do meio), magra (porque os adultos deixam de comer chocolate à estúpida), confiante, sempre de saltos altos e nunca abaixo de impecavelmente vestida, com um emprego espectacular (a mandar em pelo menos 6 pessoas),  com isenção de horário, com colegas giríssimos, a trabalhar 12 horas por dia e a achar isso pouco, completamente independente, com dinheiro para tudo mas sem ser muito rica, com casa própria e mobília Ikea, carro, com um namorado fabricado especialmente para mim, com uma vida social a chegar ao extenuante, casada aos 30, mais tarde com 3 filhos (O Francisco, o Bernardo e a Beatriz - por esta ordem) e um cão (Labrador ou S.Bernardo, não sou exigente). Uma quinta no Douro, empregada de limpeza e uma viagem por ano.
Isto não era sonho nem objectivo, era o meu percurso normal de vida visto à distância.
Agora sou adulta (apercebi-me disso há relativamente pouco tempo) e eis o que sucede:

O-que-falhou-e isso incomoda-me-de-alguma-forma: Continuo roliça, pago um absurdo de renda por mês, não tenho expectativa de comprar casa, no final do mês ando a contar tostões, cessaram o fabrico de homens decentes, empregada de limpeza é quase o que eu sou e viajar uma vez por ano sim, mas pela Ryanair e ali até Travassós de Cima; papá deu carro porque menina não ter dinheiro guardado nem para os tapetes.


O-que-falhou-e-ainda-bem: O meu círculo social resume-se a meia dúzia de pessoas - quando, por magia, aparecem outras pessoas, dá merda; raramente trabalho 12 horas por dia e muitas vezes duas chegam para me tirar do sério; não mando em 6 pessoas mas tenho uma autonomia que prezo muito; não trabalho com homens giros e ainda bem.

O-que-não-falhou: Tenho mobília Ikea, ando sempre (vá, quase sempre) de saltos altos e, bem ou mal, sou independente; sou mais ou menos confiante e tenho o trabalho que quero desde que me lembro de ser gente (querer ser varredora de ruas e professora da 1.ª classe por umas horas não conta!!) e tenho isenção de horário (entrar quando quiser e sair quando Deus deixar, mas gosto disso).


O-que-ainda-vai-a-tempo-se-bem-que-é-difícil: Casar-me aos 30, ter 3 filhos, um cão e uma Quinta no Douro.

Vida madrasta!...

MM

quinta-feira, 15 de março de 2012

Que aqui a nossa amiga CP postou agressivo, jesus cristinho, que nem consegui acabar de ler.





MM

Nas lutas de galos e galinhas, quem se lixa são os pintinhos

O desgaste profissional está em alta e em sentido crescente de dia para dia. Estou no ponto em que tudo e todos me tira do sério o que me leva a concluir que eu é que estou mal! Não é possível que o Mundo esteja errado e eu é que sou a santa da Iluminada.

Pronto, a solução de mudar de trabalho não vai resultar tão bem quanto seria expectável porque afinal eu tenho várias limitações de inteligência e atitude.

Então resulta o quê? cortar os pulsinhos ou férias são as opções que encontro. (isto porque mandar tudo à merda não é solução que se coadune com o pagamento da renda de casa).

Sendo que as lâminas devem provocar uma insuportável dor  no momento em que cortam a veia e não quero sujar-me toda de sangue (para além de que, com p* da minha sorte, a coisa não funcionava e eu lá  teria de voltar eu ao trabalho amanhã, e ainda por cima com cortes inestéticos nos pulsos) o ideal passará pelas tais férias. Mas isso não é de todo possível neste momento. Lá para o fim de Abril a coisa pode dar-se..se me aguentarem por aqui até lá. Pelo andar da coisa vou ser posta a correr antes mesmo de eu sair pelas minhas próprias pernas.

ceteris paribus

terça-feira, 13 de março de 2012

Uma linha ténue

Existe uma enorme diferença , que nada tem de ténue, entre O Consultor e O Comercial. A principal diferença entre os dois profissionais? O primeiro manda “bitaites”, faz análise crítica e faz acompanhamento pré e pós venda. O outro vende e ponto final na conversa.

Onde está a linha ténue? Está no momento em que eu gosto do que faço e aquele em que odeio e quero ir à minha vida.
Nada contra vendedores de aspiradores ou meo (a quem por vezes chamamos de consultores..erradamente,  segundo a minha visão sobre o mundo). A venda foi antecipada pela tal análise crítica de um consultor e o comercial vai lá e vende. Os papeis ficam claramente separados. Um pensa, tendo em vista a venda, o outro vai lá e actua em conformidade, tendo em vista a venda. E vende-se, pronto!
Noutros casos o consultor e o comercial são um só. A lógica será, neste caso: dentro do escritório pensa-se, na rua vende-se. É possível e igualmente praticável, mas deve entender-se que nenhum dos momentos deve ser menosprezado.
Mas quem sou eu...! Não espero inventar agora a roda e descobrir eu a pólvora. Só que isto parece-me tão simples e intuitivo que se me torce o estômago quando as pessoas não entendem as coisas da mesma forma. Mais ainda quando essa falta de entendimento tem implicações práticas no meu trabalho.

Ceteris Paribus

sexta-feira, 9 de março de 2012

Que as há, há

Tenho tanto respeito pelos que vejo e toco como pelos que não vejo. Confesso que chego a temer mais os que não vejo (e espero continuar a não ver). Estamos a falar no fundo de coisas paranormais e que vão além das minhas vistinhas. Junto neste conjunto de "temores e respeitos" tudo o que possa estar relacionado como advinhas, bruxas, cartomantes e tudo o mais que envolva ver além do que está à vista desarmada e do comum mortal (onde eu me incluo com tanta satisfação).

Vai que no meio disto tudo a curiosidade é coisinha que me leva a meter a pontinha do pé em areias movediças. Desde já esclareço que não me meto em jogos de copos e coisas esquisitas, nem tento chamar quem já cá não está de qualquer outra forma. Agradeço se, de lá de cima, me forem ajudando de alguma forma, mas sem que eu perceba s.f.f..Eu farei o mesmo quando para lá for. 

Ora que a tal da curiosidade me está a levar a consultar uma das tais senhoras que vê além. É verdade que nunca se ouviu dizer que uma dessas senhoras tenha previsto uma doença horrível ou a morte dos que estão mais próximos (se bem que uma antecipou um acidente de carro à minha mãe que, com rezas e coisas - que cumprimos, não vá o diabo tece-las- acabou por não acontecer). Por norma, não vão além da previsão da felicidade e invejas terceiras.

Mas vamos lá ver..dá sempre aquele medinho de se ouvir o que não se quer e andar a panicar à custa do diz-que-disse-que-viu do além.

ceteris paribus

quinta-feira, 1 de março de 2012

Há quem ponha mamas novas.

Abaixo do pescoço só mesmo de rebarbadeira. Não vai lá com comprimidos, nem mezinhas, nem soja.
Então aqui a roliçazinha decidiu dar um pequeno toque ao painel frontal. Branqueamento de dentes.
Se há coisa que eu reparo nas pessoas é nos dentes. De que serve a uma mulher calçar uns Gucci se não tem uns dentinhos asseados? E o mesmo para os homens, que escusam bem de exibir o Rolex quando têm um sorriso parecido com um dia de chuva num cenário de guerra.
Os meus dentes não são a coisa nem mais bonita nem mais forte deste mundo, de modo que sempre fui visita assídua do dentista. Trata cárie, agora desvitaliza, ora faz limpeza, tira chumbo, põe massa, por aí fora.
Saúde eles têm, agora vamos tratar de lhes dar uma luz nova, que isto de anos de consumo de café e tabaco deu uma tonalidade desmaiada aos ditos.
Fui ao dentista há cerca de um mês, umas horas depois de um bocado de dente se ter evadido. Lá se conseguiu ultrapassar a perda, mas entendi aquilo como uma chamada de atenção. Decidi então dar-lhes um miminho e agendar para hoje (já é hoje!!!) um tratamento a laser seguido de todo um processo caseiro.
A ver se a coisa vale os três dígitos.

Mutatis Mutandis