sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Apontamentos sobre Londres

Antes de tudo, defino a coisa como "espectacular, amei, voltarei".

O hostel "Travel Joy" foi a escolha perfeita. Além do conforto, limpeza, simpatia do local e pessoal, os quartos mistos e casas de banho partilhadas deixaram de ser um bicho papão e creio, mais dois dias ali e sentir-me-ia melhor que em casa. Na primeira manhã em Londres, deparo-me com o belo do rabo do vizinho da cama da frente, ali ao relento e em pose artística. O moço estava claramente cheio de calor e suponho que a causa fosse a moça, igualmente despida, que se aninhava artisticamente nos braços dele. Foi caricato. Note-se que passei uma noite horrível de pesadelos e sono leve e de nada me apercebi no que toca a movimentações estranhas naquela cama (ainda estou para saber como raio o fizeram sem dar qualquer tipo de ruido ou movimento óbvio...). No segundo dia já eu me passeava na casa de banho, apenas de toalha, pedindo licença para passar aos seres do sexo masculino que partilhavam o espaço. Lá está, rapidamente se perde a vergonha inicial e nos parece tudo super normal. (no que toca a coisas esquisitas, estes foram os únicos factos, note-se).

A viagem foi de mero reconhecimento espacial pelo que tudo o que possa existir a título de museus passou-nos ao lado, mais ou menos propositadamente. Note-se.

O Big Ben não deve ser muito maior que a Torre dos Clérigos. Foi com algum surpresa que percebemos que aquela torre ali no meio era o tão, supostamente, emblemático Big Ben.

O sentido de orientação pouco vincado fez-nos andar em círculos até encontrar o que quer que fosse, e na maioria das vezes, encontrávamos o que não procurávamos de forma bem mais rápida. As pernas doeram-me mais em 3 dias que em 2 anos de ginásio. Indicações e mapas decentes não são coisas que abundem por aqueles lados (o que juntamente com a falta de sentido de orientação, complica o processo)

Come-se como se não houvesse amanhã. E não é estrondosamente caro.

Em qualquer canto e esquina ouve-se a língua de camões.

Não se deve entrar em casas de jogos em China Town. É estupidamente viciante.

Recomendo e percebo agora por que razão as pessoas vão tantas vezes a Londres como eu a Lisboa.

ceteris paribus