sexta-feira, 5 de abril de 2013

Terça-feira da semana passada:

Secretária:
O informático tem que vir cá e precisa de ter tudo desligado. Escolham uma manhã ou uma tarde para não virem trabalhar.
Nós:
- O que pensámos: A sério??? Maravilha. Vou às compras, vou ver filmes, vou dormir, vou para casa ver os programas da tarde da Júlia, da Conceição, da Fátima Lopes ou seja lá quem for. Espectacular.

- O que dissemos: O quê? Não pode ser. Uma manhã ou uma tarde com tudo ao abandono? Nem pensar. Temos muito trabalho, como sabe.

... 5 minutos de reflecção depois...

Nós:
Pronto, como costuma ser um dia mais calmo, ele que venha na sexta-feira da próxima semana. A partir das 16h00. Assim, até lá conseguimos pôr tudo em ordem. Ou quase, vá. Faremos um esforço.


Sexta-feira da semana seguinte (hoje):

[12h40] Secretária:
Afinal o informático já não vem hoje. Vem no Domingo, assim também não incomoda ninguém.

Nós:
- O que pensámos: A sério??? Porra!! Já estava a contar com isso. Vou ter que trabalhar? Mesmo?

- O que dissemos: Ainda bem.

[17h50] Eu (em pensamento):
Já fiz o que tinha a fazer. Já fiz mais do que me propus fazer esta semana. O meu cérebro estava formatado para desligar a seguir ao almoço.

Moral da história: somos uma cambada de hipócritas. Às vezes estamos aqui sem fazer nenhum, entramos e saímos à horinha que bem nos apetece, de vez em quando temos "assuntos" a resolver às 4 da tarde em parte incerta, etc.. Mas quando nos é pedido que nos retiremos, fazemos um drama. Aquele ar de pessoas muito atarefadas fica sempre bem. E uns mais do que outros encarnam bem a personagem (sim, é mesmo uma personagem fictícia. Um alter ego qualquer que inventaram para se sentirem bem).

 
MM