segunda-feira, 22 de julho de 2013

Parabéns, CP! (veja-se a minha sobrancelha levantada)

Devo ser aquela da "presença esforçada" e não concordo com a descrição (esforço faço quando tenho que andar 2 km para apanhar o metro num dia de chuva) , mas enfim, não é disso que viemos falar. Dizia-me a CP, há uns dias, a respeito de umas determinadas individualidades: "Oh pá, não sei que te diga, gosto delas". E a reboque do "gosto delas" vinham um cuidado e uma consideração num registo intrigante de sinalagma imperfeiro (perdoe-se-me o vocabulário quadrado que nesta altura me governa).
Fico desorientada quando alguém consegue ser tão choné, vulgo coração mole, depois de uns tantos comportamentos em perfeita dessintonia (esta palavra existe?) com qualquer forma rudimentar de amizade. Mas pronto, devo ser eu e a minha mente azeda. 
Vai daí, no dia em que estava planeado o festejo da causa, aparece alguém que andou 300 Km com viagem de regresso em menos de 12 horas, outro alguém com "o cálice da nossa aliança" e outro ainda, com um queque e uma vela que podia bem ser a obra prima do cake boss, tal foi a fortuna do gesto, como do outro, e do outro.
E este foi o presente de aniversário da CP, o jogo do "descubra as diferenças". Andamos neste mundo ainda não há 3 décadas, mas quaisquer duas e meia chegam para se perceber uma série de princípios básicos que devem orientar as relações humanas. Princípios que nos permitem separar o trigo de algum joio. Nem sempre somos perfeitos, nem sempre conseguimos retribuir ao mais alto nível e, na verdade, a amizade não se faz só de atitudes espectaculares em perfeita reciprocidade. 
A amizade, tenho para mim, faz-se de atitudes genuínas. Umas boas, outras nem tanto, mas genuínas. E de pequenos gestos, genuínos, que demonstram grandeza.

MM