segunda-feira, 6 de outubro de 2014

rasgos de loucura que dão cor à vida

A verdade é que só me lembro que tenho um blog quando estou possuída da minha vida. E quando faço login, pela idiotice que é o email e a própria palavra- passe, recordo, com um sorriso no rosto, os tempos em que criamos isto. Era um tempo cheio de boa disposição, certamente.

Hoje os meus dias já não são tão engraçados. São chatos até. Aquele morno, que nem lá vai nem deixa ir.

Mas Deus vai brincando comigo e coloca à minha frente gentes que me fazem lembrar o que é sentir raiva, ódio e depois uma certa compaixão comigo mesma.

Eu andei nos escuteiros. Eu andei na catequese. Eu andei embrenhada em coisas várias da igreja. Eu vi todos os filmes da Disney. Eu tenho um pai que, com todos os anteriores intervenientes, me impôs uma série de regras básicas de convivência, valores bonitos e coisas que fariam de mim uma pessoa espetacular.

Pois não serviram de nada. Continuo a ficar f*dida quando a organização/grupo/empresa onde me insiro, e que defendo com unhas e dentes (mesmo sabendo, cá para mim, que nem sempre tem esse mérito todo) fica mal vista pela incompetência de uma só pessoa. Dá vontade de fingir que não conheço ninguém e, de fininho, por-me a léguas.

Um por todos e todos por um.. Que lindo. Mas não consigo. É que dar merda porque somos burros? Ok. Dar merda porque ia além das nossas capacidades? Ok. Dar merda porque uma pessoa actua com vista aos seus interesses, ou com outras motivações obscuras que não consigo atingir, mas não pelo bem do grupo, e todos levarmos com um rótulo de incompetentes? Pah não está nada ok. Está menos ok ainda quando, por motivos vários ou só porque sim, sou eu quem dá a cara pela coisa.

ceteris paribus.

notinha: MM não tens nada para contar ao Mundo? Não queria ser eu a chibar-me, mas já estou tão longe dos princípios morais que os grandes filósofos apregoam que agora, já estou por tudo.