Um homem. Uma mulher. Conhecem-se e acham-se piada mutuamente.
Em meia dúzia de dias, ele faz 6 das 7 coisas que, no abstracto, podem considerar-se muito suficientes para uma rapariga se por a imaginar-se vestida de branco num altar em frente ao mar, com pombas brancas e esculturas de gelo no jardim.
Ela admira-lhe a determinação mas não aprecia a abordagem pouco casuística.
Começa a entediar-se com o mundo encantado da Floribella.
Ele insiste no registo. Vai sem medo. Já fala nos "pequenotes" que hão-de vir.
Gota de água.
3 meses depois, ela já não o pode ver à frente. Deseja muito que ele pegue nas suas tiradas pirosas, perdão, românticas, e nos seus projectos de vida cor-de-rosa, que atravesse o oceano e se deixe ficar do outro lado.
Ele começa a perceber que a mariscada vai acabar.
Ele percebe que a mariscada acabou.
Ela respira de alívio.
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Ele segue a vida dele. Tal e qual ela desejou.
Mas depois existe o Facebook.
Ele comenta, faz likes em posts de outras raparigas.
Troca comentários fofinhos com outras.
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Ela: esmifra os perfis de todas as fulaninhas com quem ele interage.
Deprime.
Faz jornadas de introspecção.
"Então ele gostava tanto de mim...
...ele dizia que...
...íamos os dois...
E agora nem sequer uma sms...
... não compreendo...
...afinal gosto dele."
MM