quarta-feira, 15 de maio de 2013

Guy Code anotado | Girl Code

À medida que os vários copos de requintado vinho tinto (devidamente decantado naquele objecto que quase consegue pesar mais do que eu) iam ficando menos cheios, fomos constatando quase com perplexidade que dispomos de um considerável espólio de experiências amorosas (mais alheias do que próprias, reforço a ideia da CP) que nos merecem um tratamento interpretativo complexo.
Verdadeiras investigações dos elementos evidentes, aparentes, eventuais e colaterais das relações. Não é uma ciência exacta, por vezes chegamos a uma interpretação unânime, outras a várias e até conflituantes entre si, e outras ainda a conclusões que depressa resultam irreversivelmente refutadas por acontecimentos dos dias seguintes.
Mas eles merecem saber que nós sabemos o que eles pensam. Que lhes conhecemos as manhas, o raio da mania que controlam todas as situações, a psicologia em permanente época de saldos. Guy Code é o nome de um programa da MTV a que fomos fiéis enquanto durou. Ali se exibiam todos os raciocínios inerentes aos comportamentos masculinos perante o sexo oposto. Muito interessante constatar que não eram da minha cabeça (sempre votada ao macabro) alguns elos comuns que fui descobrindo entre os homens. Mais interessante ainda, foi despertar para outros tantos comportamentos que me passavam ao lado e que afinal têm em antecâmara uma lógica muito básica que se desenvolve ao nível da cintura.
O que eles pensam, nós sabemos. O que pensamos do que eles pensam, é do que vai tratar o Guy Code anotado.
E depois, uma coisa leva à outra - duas garrafas depois já as palavras se elevam à filosofia -, concluímos pela pertinência do Girl Code. Sim.... não somos betinhas que andam aqui a agir individualmente às investidas concertadas do sexo masculino.
Também nós temos um código. Também nós reagimos maioritariamente da mesma maneira aos comportamentos-tipo dos homens. Também nós somos  muito muitas coisas que os irritam.
O fundamento das atitudes deles e delas, os comportamentos típicos deles e delas, o que pensamos sobre isso, casos práticos sem precisar de recorrer à ficção, conflito de códigos - e tirarmos uma licença sem vencimento durante 3 anos para podermos vir para aqui explorar os temas -, é o que se promete.

MM