terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um até já

Vemos diariamente na televisão que as estradas tiram vidas, muitas vezes inocentes outras com alguma culpa no cartório, e sentimos isso com o expressar de "possa que horror". Quando essas vidas estão ligadas de alguma forma às nossas então sentem-se muitas mais coisas mas não se consegue dizer nenhuma. Porque nada do que se diga expressa o que se sente, porque não há nada que se diga que mude o que se passa e o peso que se sente no peito não deixar passar a voz. Não cabe no compreensivel ter o Amanha como incerto, não faz sentido uma ida sem aviso e sem regresso.

Um bonito e esperançoso anúncio de tv diz que, em Portugal, por casa dia de chuva há três dias de sol para ser feliz.. hoje, não estou tão certa disso.
E o que sinto devem ser migalhas perto do que os pais e irmã devem estar a passar neste momento.

Aposto tudo o que tenho como saiste de casa feliz da vida e disseste "volto cedo". Porque afinal também não foi tua intenção sair de casa e não voltar, um até já. Certamente nos encontraremos algures, algum dia- provavelmente tambem inesperado, para por a conversa em dia.

ceteris paribus