sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Há dias lixados na vida de uma gaja. Mas há outros felizes.
Ontem acordei decidida a fazer do dia um acontecimento. Logo para despertar, encontrei os Srs. do Metro. Como é tão raro isso acontecer, decidiram certificar-se de que eu não me iria esquecer tão depressa do nosso encontro. € 115,00 depois, sinto-me muito mais próxima dos Senhores. Obrigada Metro, por fazeres de mim uma cidadã consciente de que jamais posso confiar que, estando as p**** das máquinas todas avariadas, posso seguir viagem tranquilamente porque tenho uma justificação óbvia para não ter bilhete.
De modos que a situação me fez reanalisar o meu orçamento. E o cenário do fim do próximo mês era qualquer coisa como o quadro do menino da lágrima.
Vai daí, divina providência.
O chefe convocou-nos (a nós, proletariado) para uma reunião. Nos 20 minutinhos entre a convocatória e a reunião, imaginei-me no Dubai a plantar cebolo, na apanha do morango nas Fiji e, num rasgo de lucidez prática, na Rua de Santa Catarina a vender tremoços. Porque uma reunião assim convocada podia significar muita coisa mas para mim era óbvio o despedimento em massa.
Afinal não, vai de aumentar vencimentos. "Por reconhecido mérito, pelo excelente trabalho, pelo empenho, pela dedicação", que foi o mesmo que dizer "nós damos a cara pelo escritório, mas sabemos que vocês dão o ...".
Ainda não sei quanto é que a menção honrosa vale em euros (que a gente fez de conta que isso não tem assim tanta importância, que o reconhecimento do nosso valor é que é fixe), mas o conceito de aumento agrada-me à partida. E vem mesmo a calhar. Mas que nem ginjas ao pôr do sol.

Mutatis Mutandis