quinta-feira, 19 de julho de 2012

Decisões

Não gosto, não tenho jeito, é desconfortável. Resumindo, é uma grande merda.
Mas diz que é o que os adultos fazem de vez em quando e o meu B.I. confere que pertenço a esse mundo.
Pois então que acabei de tomar a decisão. À entrevista de que falei seguiu-se outra, a coisa deu-se e fizeram-me uma proposta. Nas duas horinhas que me deram para decidir (oh, verbo ranhoso), conferenciei com a minha conselheira, pessoa adulta, desenrascada e mais habituada a estas lides, e eis que decidi aceitar a proposta. Decidi (deixem-me repetir que isto não é verbo que eu conjugue muitas vezes).
Mas há uma novidade a acrescentar a tudo isto: não, não vou para Lisboa, vou ficar no Porto. Eu queria muito ir (!) mas houve sinais evidentes da desnecessidade dessa loucura e preferi não contrariar...
Agora há toda uma sequência de acontecimentos a preparar. O primeiro deles é o mais difícil: dizer ao boss que vou embora. O boss é o corno da história, não faz ideia do que se passa e quando souber vai ser em jeito de "fui". Não vai ser fácil, nada fácil. Não sei que reacção terá, não sei com que relação ficaremos.
Que me valha o entusiasmo da mudança, porque o sentimento de partida tortura-me. Aqui sei o que tenho, sei com o que conto, conheço as pessoas, tenho os meus vícios, as minhas liberdades, conheço as chatices e os cantos à casa. Não sei o que vou encontrar, tenho um pequeno medinho de me arrepender. Mas quem não arrisca não petista, pois não é assim?
Outra questão prática que me começa a assombrar é a passagem de pasta. É que 4 anos de trabalho não se passam a outra pessoa de ânimo leve. E paciência não é coisa que me assista em grande quantidade. 
Questões verdadeiramente sérias:
Assemelho esta mudança aos tempos de escola. Cada vez que começavam as aulas (que era sempre um rumo ao desconhecido), em Setembro, a minha mãe comprava-me roupa nova. Não estou a ver em quê que isto difere, portanto sinto-me pressionada a comprar roupa nova.


MM