quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Há coisas...

Hoje fui consultar novamente A Senhora. Marquei a consulta há mais de uma semana e, por pura coincidência, soube há uns dias que saía hoje a nota daquele-exame-que-me-decide-a-vida. 
Claro está, a consulta teria que andar muito à volta do tema. "Acha que vai correr bem?" "Olhe que sai hoje, é hoje". "É uma coisa mesmo importante, é sim ou sopas, é vai ou racha, é viver ou desandar". 
Já me tinha dito, tempos atrás, que a coisa ia correr bem. Mas hoje quis saber qual seria a reacção a uma situação que ia acontecer no próprio dia. Uma espécie de mostra aí o que vales, esbardalha-te aí com força ou mostra-me que isto é mesmo coisinha para levar a sério. 
Esperava que divagasse, que não se comprometesse com nada de concreto. Mas não. Disse-me peremptoriamente que ia correr bem. Citando: "Não tenho dúvida nenhuma, vai correr bem e vai tirar boa nota. Vai tirar uma nota razoável". E apontava para as cartas para atestar o que dizia e como se fosse suposto eu perceber que aquelas cartas são do melhor que há. 
Desconfiei logo. Muito rápida e decidida a responder, por um lado e, por outro, houve ali uma alteração duvidosa do "boa nota" para a "nota razoável". É que uma coisa é uma coisa, outra bem diferente é outra coisa. Estive para lhe perguntar o quê que entende por bom e razoável, mas decidi aceitar a ideia base da coisa: o 10 (mesmo que arredondado) estava no papo. Tirar 10, arredondado de 9,6 era aquilo que eu tinha estipulado como boa nota. Já 10 arredondado de 9,5 era um bocado à rasca. 
Vim trabalhar nas calmas (piada!), tinha tanto com que me entreter, ai cruzes que não sei se vou conseguir sair daqui hoje com tanto que tenho para fazer e...voila. Notas. 
E o computador bloqueia, e afinal não saíram, espera aí, desculpa o mau jeito, saíram, agora é que é, o meu computador não abre PDF, agora desapareceu a publicação. Larguei tudo, fiquei a curtir os últimos minutos antes da confrontação, a decidir se queria mesmo saber, sempre podia adiar mais umas horas, o mundo não acaba se eu não passar, está bem mas a minha vida fica muito a andar para trás. Vou mas é fazer qualquer coisa útil enquanto decido o que fazer e isto não abre. E eis que do silêncio surge uma voz (da minha colega da frente, não de um ser do além), "Passaste. Tiraste 15". 

Adivinhe-se quem é que a partir de hoje é a mais crente dos crentes?

MM