terça-feira, 9 de outubro de 2012

Hoje deve ser o dia da atrasadice mental e decidiram convidar-me para a festa. Sou a presidente do júri, incumbida de entregar o troféu ao maior imbecil do dia.
Desfilaram vagarosamente, exibindo tanto a sua estupidez natural como aquela que guardaram especialmente para me impressionar neste dia de festa.
A cada meia hora aparecia um, ávido pela distinção, em luta sofrida pelo título de o maior imbecil.
As pessoas que me apareceram hoje à frente, avaliadas por um psiquiatra (ou por quem não as aturou), estão stressadas, por isso implicantes, irritativas, sensíveis e com ataques nervosos de perfeccionismo. Detecta-se até um distúrbio obsessivo-compulsivo em alguns indivíduos. Mas na verdade escondem uma depressão profunda, tendências psicóticas e insinuações neuróticas, estão descrentes em si e no mundo, é o que a crise faz, pois então, toma lá um xanax e meio prozac só para início de conversa.
As mesmas pessoas, avaliadas por mim: filhas da P*** de frustrados, não devem ter sexo há décadas, andam a reprimir complexos de inferioridade, a recalcar experiências traumáticas, autómatos mal amanhados. Façam uma manif. pela libertação das ostras das lezírias do Tejo (se não existem não se percebe porquê, por isso manifestem-se na mesma),  andem nus no trabalho, descomprimam, bebam cerveja em canecas de litro, gritem com força, batam com o mindinho numa esquina para desviar a atenção das convulsões interiores.
E depois sim, podemos conversar.

MM