terça-feira, 30 de outubro de 2012

A lista

Do que eu gosto mesmo é de pessoas pobres e mal agradecidas. A pobreza de espírito aliada à ingratidão é uma combinação que não resiste à minha "lista de seres apenas humanos".
Como explicar? É como as pessoas que temos adicionadas no Facebook. Umas estão nos "amigos chegados", outras nos "amigos", outras nos "conhecidos" e outras nos "sei que existes" (que são as que não vêm puto da nossa página).
A "lista de seres apenas humanos" equipara-se ao grupo dos que existem. Equipara-se mas não é bem a mesma coisa. Enquanto que naquele grupo do FB incluo as pessoas que passaram de bestiais a bestas e aquelas que sem serem bestas nunca foram bestiais, a "lista dos seres apenas humanos" está reservada a bestas, as que se revelaram com o tempo e as que nunca esconderam essa sua qualidade.
Basicamente, a "lista de seres apenas humanos" é composta por seres a quem atribuo apenas essa qualidade, a de seres humanos. Devo-lhes o respeito que a condição humana impõe, nada mais. Do que gostava mesmo era de as transportar para o plano das coisas e de tratá-as como tal. Mas diz que não se pode.
Pessoas por quem até já se fez alguma coisa, pessoas por quem até se tinha grande consideração, pessoas por quem já se fizeram alguns esforços, pessoas por quem já abdicámos de convicções para lhes aceitar comportamentos, virem  levantar o estandarte da ingratidão à minha frente? Ou pior, por interpostas "frentes"? Pá, insanável. Vais para a lista.

MM