Todos os dias receio o dia seguinte.
E o mais fantástico é o tema em que assentam esses acontecimentos. Não me recordo de ter tido uma adolescência- lugar próprio para isto- tão difícil. Podia antever-se que, na minha idade, o problema seria trabalho, dinheiro, status, casa e contas para pagar and so on. Mas não. Estou presa à merda da adolescência e nem das borbulhas me livro.
Eu choro porque sim e também porque não. Eu animo-me com a possibilidade de, e deprimo com a possibilidade de não. Eu não consigo manter a calma e esperar para ver. Deixar rolar não é hipótese. E "cagar nisso" é absolutamente inalcançável.
Drama de hoje:
Decorre um evento na cidade que me parece ser uma espécie de Queima das Fitas para adultos, muitos destes adultos sedentos ou abertos a vivências próprias da queima das fitas. Neste evento estão todos os seres capazes de arrasar com o meu ego e tornar os próximos dias muito difíceis para mim e para os que mais me são próximos.
E que faço eu em relação ao tema? Nada, como de costume. Sentar, ver passar (com base nos registos de facebook e nos relatos de contactos priviligiados) e acenar. Tudo o que poderia fazer não me beneficiaria em absolutamente nada.
E assim de repente parece que ando numa roda viva, a rodar uns e outros e em festarolas constantes, a vivenciar acontecimentos concretos e reais. Mas não. É o marasmo absoluto na minha vida. A todos os níveis. E por isso na minha cabeça sobra espaço para dramas e sensibilidades.
Não seria sequer suposto isto ser tema para uma "blogger" da minha idade quanto mais ser uma realidade de uma pessoa da minha idade.
ceteris paribus