quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Abraços Grátis

Acerca do dia Mundial da Paz e do movimento dos Abraços Grátis, devo dizer que me parece uma acção fofinha. Faz-me lembrar, e com saudade, da Queima da Fitas (a verdadeira, portanto estamos a falar da Invicta). Nessa célebre e sempre (mais ou menos) recordada semana, havia uma espécie de celebração da paz semelhante ao que ontem se propagou pelo País e Mundo.

É verdade que de facto se viam cartazes a correr com a oferta de abraços mas mesmo sem os cartazes a coisa dava-se com facilidade e toda a naturalidade.

Ao longe víamos uma cara conhecida, corríamos (dentro das possibilidades) ao encontro do indivíduo (a) e gritávamos "olaaaaaa", seguido de um abraço forte, um brinde, um "vamos beber mais qualquer coisa?" e uma partilha da felicidade e orgulho fepiano. Quando regressávamos para os respectivos grupos de amigos, e à pergunta pertinente "quem era??!" a resposta não ia mais longe que "é da minha faculdade". Que mais dizer? É amigo? Não! Sabes o nome dele (a)? Não faço a mínima! Já alguma vez se tinham cumprimentado ou falado? Não, mas acho que até já tivemos aulas juntos!

No final da semana, e no regresso às aulas (ou mais sinceramente falando, à faculdade), sentia-se aquele constrangimento de não te poderes dirigir à pessoa pois não sabes sequer o nome dela e se ela sequer se lembra de ti, então opta-se pelo ligeiro e tímido abanar de cabeça em sinal de cumprimento e um sorriso maroto de quem pensa "estavamos bonitos, estavamos..."

A Queima é ou não uma referência no que toca a Paz e Amor no Mundo?

ceteris paribus