terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Antes que esqueça. Nine-to-Five

Estava a alarvar no post anterior e de todas as formas tentei introduzir este outro tema, de igual relevância, mas como não encontrei um fio condutor decente..siga com outro post que, para já, não se paga ao Kilo (ou ao kilobite ou outra coisa geek mais apropriada ) a parvoíce que aqui se escreve.
 
Ora indo ao que interessa e que de facto, para mim, foi um conceito novo: "Nine-to-five". Vamos ao google e percebemos que esta é mais velha que a Sé de Braga e eu ouço pela primeira vez isto a esta altura da minha vida, mais precisamente ontem. Ok. Mas o conceito que me foi transmitido foi muito além do que consta no google e aí reside a minha alma maravilhada, e agora sim, a sentir-se completa de conceitos adequados e tão tão apropriados.
 
Um trabalhinho Nine-to-Five é, como as próprias palavras poderão indicar, uma coisinha chata, que não desperta grande pica...Nine-to-five, pronto (oh para mim a achar-se). Mas e uma pessoa Nine-to-five? Então estaremos a falar de alguém que cumpre apenas os mínimos.
 
Ora, esmifrando o conceito de pessoinha "Nine-to-five":
. é alguém que tem vida própria;
. ganha o mesmo que uma não Nine-to-five;
. são-lhe conferidas benesses e compreensões, à partida, à sua limitação, tão legítima, de quantidade de tempo afecto ao trabalho;
 . é tratada como uma peça exigente de cuidados sensíveis e todos temem que ao mínimo descuido dos demais ela passe a nine-to-four, por isso vale mais não enfrentar;
. quando algo precisa ser feito com urgência, e cujo tempo de elaboração se prevê longo e muito além do que pode ser determinado pelo horário estabelecido por um tal de Contrato de trabalho, a Nine-to-five é a última a ser convocada (nunca o é, na verdade, com a justificação "ela sai sempre às x horas" por isso não vai poder fazer.)
 
Ora e portanto podem ver-se muitos argumentos a favor de se ser uma Nine-to-five.
 
Talvez se possam encontrar argumentos contra (como o que ontem ouvi alguém dizer sobre uma Nine-to-five:  "hum.. pois foi dispensada... pois, ela não tem perfil para este trabalho. Nem lá vai nem deixa ir. Next") mas compreendo perfeitamente quem opte por cumprir os mínimos.
 
(em particular, à minha pessoa, incomoda que ganhe o mesmo que os demais, além daquele  pressuposto, por todos assumido, que o que a Nine to Five não PODE fazer, então fazem os colegas, porque ela tem vida e não pode ficar a trabalhar, e os restantes podem, portanto..)
 
ceteris paribus