terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Trouxeste as botas?

Depois de jantar a conversa tem por norma dois pólos: Trabalho e Amor (utilizo o termo "amor" para não dar logo um ar de filha-da-mãe-insensível na primeira frase do post).
 
Concluímos sempre, independentemte de ponto de partida do raciocínio, que uma e outra coisa estão intimamente ligadas (na verdade o que dizemos é "tudo depende do "comia-te ou não te comia"". Isto para ser muito clara).
 
Ora e porquê: O que nos leva a determinar a nossa atitude para com um ser que acaba de se apresentar aos nossos olhos e a determinar se vamos abrir mais os ombros ou os encolher e tentar sair de fininho, a levantar mais a voz ou a evitar dizer mais que duas palavrinhas, a ser simpática ou apenas cordeal? 
 
- A primeira impressão com que ficamos do interlocutor. Primeira impressão essa que vai ditar se aquele é alguém que nos intimida ou nem por isso, se é uma pessoa com quem terei gosto de voltar a conversar ou se o toque associado ao seu nr será "Run MM, Run".
 
E essa primeira impressão baseia-se em quê? nos bonitos valores que ele esconde no seu interior?! Não. É mesmo, apenas e só, baseado no que a vistinha (e quando falamos numa faixa etária elegível, a imaginação) alcançam. E pois com certeza que se a vistinha gostar de ver o que vê, todo o restante corpo e mente ficarão mais disponíveis para dar uma oportunidade ao ser de mostrar todo o seu valor. 
 
E note-se que o rabo, a cor dos olhos e a aliança no dedo são impressões a reter apenas num segundo momento pois toda a postura, confiança do ser, sim, serão preponderantes (ok a marca do relógio, ou camisa, e um sorriso de filho-da-mãe-que-sabe-tanto também vão entrar nos detalhes a contar à amiga). Ok. Sem divagar! Foco.
 
Um tipo que desde logo mostra quem manda, mandará mesmo. A verdade é essa. Um tipo que mostra desde logo que em casa é ele quem limpa os vidros, pah, está arruinado. Um tipo que mostra arrogância, está arruinado (certa de que tb eu estarei arruinada naquela relação). Um tipo que mostra todo o seu charme barato, está arruinado, será pisado dali em diante. Um tipo que sabe estar, um tipo que encanta q.b, um tipo que tem um sentido de humor bem doseado, um tipo que puxa pela minha imaginação (e tenha idade elegível), arruína-me. 
 
Tudo isto se passa, em toda a sua essência e plenitude, no escritório, em horário laboral, por muito séria e totalmente desprovida de interesses macabros que a relação (profissional) seja dali em diante. E serve somente para definir os termos da relação.
 
Bem, a esta teoria eu coloco como excepções os chefes. Esses são totalmente desprovidos de características que nos possam a ver e imaginar coisas. São chefes, ponto. E nem sequer se fala mais disso.
 
ceteris paribus